De pincel na mão, Almeida Henriques mudará Viseu…

ou… ..a street art e “a modernidade da cidade” Desde que Almeida Henriques, debalde intentou “decorar” toda a fachada do prédio da Segurança Social que ficámos a perceber ter nele um segundo Grão Vasco, homem dado à pintura e muito vocacionado para murais, frescos e outras pictóricas desmesuras que transcendam os limites esconsos e pouco […]

  • 16:03 | Domingo, 30 de Abril de 2017
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ou…

..a street art e “a modernidade da cidade”

Desde que Almeida Henriques, debalde intentou “decorar” toda a fachada do prédio da Segurança Social que ficámos a perceber ter nele um segundo Grão Vasco, homem dado à pintura e muito vocacionado para murais, frescos e outras pictóricas desmesuras que transcendam os limites esconsos e pouco visíveis de uma tela, para poder dar ao mundo uma visão da infinita grandeza de Viseu.
Desta feita, uma vez que já tem todas as paredes do Centro Histórico muito aprimoradas – algumas até foram pintadas com extremo realismo, parecendo autênticas ruínas – foi de seu lato e abrangente entendimento alargar-se ao vinho, praia onde nada melhor que o Mark Spitz, dedicando o seu debordante entusiasmo e a sua artística dinâmica a redecorar os tão carenciados espaços rurais que circulam a sede do Concelho.
Vai daí decidiu selecionar os artistas e optar por “enfrescar” (cobrir de frescos) algumas quintas-âncora (como agora se usa dizer) merecedoras do investimento pelo muito que têm dado a ganhar à cidade de Viriato, na sua denodada e qualificada produção de vinho do Dão.
Assim, as para já a contemplar são: Pedra Cancela, Turquide, Reis, Chão de S. Francisco e Falorca, as quais, segundo o buliçoso edil, ao serem alvo desta maravilhosa intervenção, muito potenciarão a sua mais-valia para todos os viseenses, pois “Acrescentamos novas paisagens e tópicos de descoberta aos territórios rurais, ao mesmo tempo que desafiamos a arte pública a resolver algumas dissonâncias arquitetónicas no interior das quintas“, diz ele.
Depois de tirar o cinzentismo rústico-rural dessas quintas e de as tornar mais esteticamente chamativas, Almeida Henriques, o incansável – pena é que não consiga igualar o seu colega Álvaro Amaro, na Guarda, cidade vizinha – dará a bandeirada para os oportunos “eventos enoturísticos”, provavelmente em honra de Bacos ou Dionísio, com grandes nomes da música e milhentas provas de vinho, que decorrerão no espaço de sugestivo nome “Entre Aduelas”, com lastro proporcionado pelas oficinas artísticas da “street food”.
 
Nota: Caro edil, um vizinho meu tem um quarto da casa com as paredes cheias de humidade. Não poderá concorrer a uma pintura, se lhe sobrar tinta?


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