Cada vez há menos dúvidas… este governo, de forma satânica, espoliou os portugueses, tornou os pobres mais pobres, destruiu a classe média portuguesa e deu mais riqueza aos muito ricos.
O recente relatório da ONU é clarividente e demolidor para o governo Coelho&Portas: basta de austeridade, a austeridade teve um “impacto adverso”; a austeridade foi absolutamente contraproducente, destruiu o estado social e provocou irreversíveis danos nos direitos económicos, sociais e culturais de um povo…
Ao serviço dos mercados, este governo esmagou os portugueses com impostos, vampirizou-se e deixou milhões exangues. Aniquilou os funcionários públicos, tornou indigentes a maioria dos reformados/aposentados/pensionistas, despediu milhares; vende e vendeu Portugal a retalho, dá ao sector privado, de bandeja, todos os sectores produtivos e imperativos do país, da ISS à Saúde, o primeiro para a entregar às seguradoras, a segunda às clínicas privadas; quer criar um banco de Fomento para vender a CGD, etc.
Ao instituir o princípio do utilizador-pagador em tudo que era função do Estado Social, esquece-se, este governo, de que o cidadão já o é no pagamento de uma carga fiscal absurda e incomportável. Se o princípio do utilizador-pagador pode ter uma vertente compreensível, só o será se os impostos, enquanto pressuposto primário da equalização e justiça social, forem desagravados exponencial e proporcionalmente àquilo que o cidadão é obrigado a pagar pelos serviços.
Os impostos brutais faliram o pequeno e médio comércio, as pequenas e médias empresas, os restaurantes — e a AHRESP di-lo a quem o quer ouvir — com um IVA incomportável, fecham diariamente às dezenas arrastando para o desemprego milhares de trabalhadores do sector. O ISS despediu, no linguarejar do governo “requalificou” 697 trabalhadores para meter precários, sem direitos, a preço de saldo, sem qualificações, nos seus lugares. Há deputados do PSD a tratar filantropicamente da concessão urgente de alvarás a clinicas privadas…
Coelho&Portas servem os mercados, servem os ricos, criaram a pobreza, baixaram os salários, consolidaram a precariedade, venderam o que havia para vender a chineses, franceses, angolanos, colombianos, norte-americanos e… a quem mais deu.
A dívida não baixou, as gorduras do Estado, esse porco nédio e luzidio, arrasta pelo chiqueiros seus couratos flácidos e pendentes e os portugueses regrediram economicamente para meados da década de 70. Este é o milagre Coelho&Portas.
Se lhe acrescentarmos o desemprego de milhares de jovens qualificados, se lhes juntarmos os milhares de jovens obrigados a emigrar — só na GB o número de enfermeiros portugueses aumentou em 500%!, este governo pode dizer que baixou o desemprego. Pois baixou, aumentando a emigração como na década de 60, no fim do regime salazarista… para não morrerem à fome.
A menos de um ano de eleições, a bicefalia bestial Coelho&Portas, tenta encenar o milagre das boas intenções. Até com perversas tolerâncias de ponto no Natal e Ano Novo…Mais uma farsa cínica depois de toda a malevolidade, malfeitoria, persistente cinismo com os resultados que todos sentimos na carne e não a banha da cobra que os apaniguados, políticos e comentadores a soldo vendem e apregoam aos sete ventos da desgraça.
Como se não bastasse, os escândalos bancários muito focados em personalidades cinzentas e tenebrosas do mundo “laranja”, temos um presidente da República de malas aviadas, com um mandato que não deixa saudades, antes o desejo crescente de o ver pelas costas, de uma vez por todas.
Abateram-se as 7 pragas sobre Portugal. A maioria dos portugueses nunca esperou assistir e sentir este descalabro, ver esta destruição generalizada, cirúrgica e perfidamente empreendida.
Coelho&Portas tiveram uma coligação que lhes deu a maioria. Com essa maioria fizeram o que está à vista.
E nós, eleitores, que vamos fazer com eles, PSD e CDS, dentro de 10 meses?