Almeida Henriques e o encerramento do balcão da CGD em Abraveses

  Segundo uma cópia de um ofício enviado por Almeida Henriques a Paulo Macedo, e que corre nas redes sociais, aquele, na sua qualidade de presidente da Câmara Municipal de Viseu, insurge-se contra este, na sua qualidade de presidente do CA da CGD, por ter ordenado o encerramento do balcão deste banco público na freguesia […]

  • 12:29 | Sexta-feira, 08 de Junho de 2018
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Segundo uma cópia de um ofício enviado por Almeida Henriques a Paulo Macedo, e que corre nas redes sociais, aquele, na sua qualidade de presidente da Câmara Municipal de Viseu, insurge-se contra este, na sua qualidade de presidente do CA da CGD, por ter ordenado o encerramento do balcão deste banco público na freguesia de Abraveses.

Mais diz ter sido informado do encerramento de vários balcões. Lembramos que já não é o primeiro e só a título de mero exemplo, referimos o sito na AIRV, agora ocupado por outra instituição bancária.
Concordamos com tudo quanto é invocado por Almeida Henriques, até e porque não sabemos qual a política seguida por essa instituição para reaver os milhares de milhões de euros em “mal parados”, nem sequer sabemos quem são os principais devedores das astronómicas quantias, como também ignoramos quais as penalizações aplicadas aos responsáveis por esses empréstimos mirabolantes sem o respectivo e real acautelamento dos mesmos.
A banca, nos últimos anos, tornou-se um caso sério e doloso para a carteira de “quase” todos os portugueses, descredibilizou-se e age impunemente, com uma imunidade sem precedentes. Os grandes devedores são todos “bons rapazes”. O pequeno devedor ou cliente normal, fidelizado e cumpridor é aquele que sofre as consequências destes actos “tóxicos” que ficam encriptados e fechados a 7 chaves nos cofres do Banco de Portugal, suposta entidade reguladora do sector.
Porém, o último parágrafo do ofício em epígrafe, se é parecido como uma ameaça ou semelhante a um acto de tentativa de coacção sobre a CGD, será legalmente “limpo”, porém de ética duvidosa, mais se entendendo que Almeida Henriques use todos os métodos ao seu alcance para obviar ao encerramento de tal agência.
Agora põem-se duas questões:
A CGD não cede a AH e encerra o balcão sem mais questões, causando transtornos a quem lá trabalha e a todos os clientes;
A CGD cede à “pressão” de Almeida Henriques e abre um estranho precedente, mostrando a sua fragilidade perante uma postura mais “radical” e, em derradeira instância, dando a entender que a Administração não pondera todos os prós e contras das suas decisões e gere de longe, sem aquilatar devidamente das consequências das suas decisões de “gabinete”.
Ambas são más, mas neste bizarro país as incongruências são tantas e de tal molde que, nos intervalos das quezílias futebolísticas que “estrangulam” a Nação, quase são uma lufada de ar fresco nesta atordoada “season”, na qual até a meteorologia anda aparvalhada.
No mais puro “Trump Style” e para reforçar a ideia, não “tuíta” mas usa o FB para reiterar que “se a CGD persistir nesta decisão, terá as consequências” do seu acto que define como de “total irracionalidade“.
Paulo Macedo que se cuide…


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