Síndrome da rejeição é a maleita que me assola desde que, inadvertidamente e numa irónica partida do destino, pedi amizade no FB ao preclaro autarca, António Almeida Henriques.
E isto porque ao “pesquisar” no sítio dele em busca de uma fotografia para ilustrar uma crónica, talvez o meu inconsciente semi-profundo tenha conduzido o rato do computador a accionar tal desiderato. Juro que foi sem querer…
Escusado será dizer que o estimado colega de escrita me ignorou redondamente, mail’o pedido.
Logo a mim que tanto me tenho desunhadamente esforçado em dar-lhe bons conselhos, lúcidas sugestões, apontando-lhe falhas crassas, indicando-lhe o caminho para as superar. Em suma, tentando fazer dele um autarca melhor, no entendimento pessoal – a minha opinião vale o que vale – de que é um edil medíocre, pelas centenas de motivos (“inconseguimentos”) que tenho vindo a invocar desde que foi eleito e reeleito, e tem vindo à saciedade demonstrando na sua praxis autárquica quotidiana.
Até fui ao google saber sobre a “rejeição” e vim de lá apavorado. Diz-me que é coisa de quem tem a auto-estima baixa, mas acrescenta ainda esta temível asserção: “A rejeição é a ferida emocional mais profunda.” Credo!
Pronto, vou ter de viver com tal ferida e oxalá não entre em desvario psicológico com os consequentes danos físico-materiais que configurarão matéria para procedimento judicial.
Ser rejeitado por uma namorada há-de ser motivo de muita desolação e angústia. Mas por um político?
Ademais alguém que se admira e se tenta ajudar, fazendo-o melhor, mais popular, mais mediático, mais eficaz, mais eficiente, mais talentoso, mais activo, mais digno da admiração de todos os viseenses, quiçá de todos portugueses…
E sem gratificação, só com generosidade, obtendo como recompensa esta imerecida “nega”. Se fosse afoito nas palavras, designaria de ingratidão tal atitude. Não o sendo, fico a pensar que o visado não nutre por mim a estima que lhe dedico, daí minha sombria tristura…
E se de repente, como se de uma peça de ficção se tratasse, do estilo “Terras do Demo” no CM das terças-feiras, o começasse a gabar por tudo quanto não fez, prometeu e não cumpriu, desfez e descompôs?
Será que a bajulação e a subserviência, às quais decerto nunca se habituaria, o fariam mudar de ideias?