Viremos sempre que esta bela cidade quiser”, aventou um dia o anterior chefe da Orquestra Ligeira do Exército (OLE), o Major João Caires Basílio, em resposta ao repto lançado pela cidade. E, a promessa cumpriu-se.
Menos de doze meses depois do último concerto daquela que é considerada por muitos como uma das maiores orquestras portuguesas de música ligeira, a “embaixadora” do Exército Português fez-se à estrada e, sob a regência do Sargento-Mor Fernando da Cruz Vidal, encheu de “luz” o Teatro Viriato no passado sábado.
Mas, não é por acaso que Viseu elenca desde há muito um “porto seguro” ao qual, periodicamente, o destino desta Big-Band se encosta. Esta cidade acolhe desde 1842 o “14 de Infantaria” que, durante este mês de abril, leva a cabo as tradicionais comemorações do Dia da Unidade e que procuram perpetuar o “lastro de galhardia” deste que é o último reduto da Infantaria das Beiras.
Uma exímia regência, dez temas, três medleys e 18 executantes que em muitos momentos emprestaram o seu calor à voz incomparável de João Paulo Campos apenas poderiam culminar num único resultado: uma notável atuação da Orquestra Ligeira do Exército que levantou da cadeira a cidade Viseu.
Jump, Mack the knife, Jazz Police, Feeling Good e Music de John Miles foram alguns dos temas que trilharam um percurso em quarto-crescente e que, no ano em que se comemoram os 40 anos do 25 de Abril de 1974, “obrigou” esta orquestra a interpretar a canção de Paulo Carvalho vencedora do Festival da Canção RTP que é, ao mesmo tempo, o hino de Abril: “E Depois do Adeus”.
Atualmente sedeada no Centro Militar de Eletrónica em Paço de Arcos, a Orquestra Ligeira do Exército iniciou as suas atividades em 1977 sendo, nos dias de hoje, composta por cinco saxofones (clarinete), quatro trompetes (fliscorne), quatro trombones, teclado, duas violas, bateria, percussão e um vocalista.