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Desde o início de 2023, com simbólico começo na mais antiga livraria do mundo, a Bertrand do Chiado, em Lisboa, que se tem levado a cabo um número significativo de homenagens ao Mestre das Terras do Demo.
Para o seu encerramento e completo cumprimento a 25 de Maio deste ano, no Panteão Nacional, em Lisboa, mais dois momentos o antecederão.
No próximo 2 de Março, em Vila Nova de Paiva e a 11 de Maio, no Carregal, em Sernancelhe, com a apresentação da reedição da obra “Geografia Sentimental”.
Mas vamos ao que temporalmente mais próximo está… No 2 de Março comemora-se o Dia do Município de Vila Nova de Paiva. Decorrerão vários momentos alusivos à efeméride e, às 15H00, no Largo do Ramalhal, inaugurar-se-á a exposição de ilustração “O Malhadinhas no traço de Bernardo Marques”.
Segue-se, no auditório Carlos Paredes, às 15H30, a tertúlia “Conversas Inacabadas à volta do Mestre Aquilino Ribeiro”.
Estas “Conversas” terão como intervenientes, Paulo Marques, presidente do município, Maria Eugénia Pereira, professora da Universidade de Aveiro, Paulo Neto, director da revista literária “aquilino”, Eduardo Boavida, director da Bertrand Editora, José Manuel Lello, editor, Aquilino Machado, professor da Universidade de Lisboa e Henrique Monteiro, jornalista do “Expresso”.
O ponto de partida será a obra “Volfrâmio” (1943/44), reeditada a 17 de Junho do ano transato, em parceria da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva com a Bertrand, tendo prefácio de Augusto Santos Silva e introdução de José Manuel Lello.
Falar-se-á do minério que deu nome à obra em epígrafe, das relações de Aquilino Ribeiro com a Bertrand, das obras conexas “A Quimera das Sete Vacas Gordas”, (1944) escrita por Mário Bernardes Pereira, avô de José Manuel Lello, “Minas de S. Francisco” (1946), de Fernando Namora e “O Comum dos Mortais” (1998), de Agustina Bessa-Luís.
Se José Manuel Lello nos falará de seu avô, Mário Bernardes Pereira, médico e escritor, natural da Régua, Aquilino Machado e Henrique Monteiro falarão de Aquilino Ribeiro, avô daquele e que este ainda conheceu pessoalmente, pelo seu parentesco com António Maria Monteiro, dos Alhais, a quem o Escritor dedicou “Quando ao Gavião Cai a Pena” (1935).
Em suma, temos matéria para muita conversa e se o leitor for apreciador de Aquilino e das Terras do Demo, tem a oportunidade de passar uma tarde de sábado culturalmente enriquecedora e agradavelmente diferente.
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