Apostar na cultura é apostar nas pessoas e no futuro de uma região. O bordado é um dos mais importantes patrimónios culturais de Castelo Branco, daí a candidatura à Rede de Cidades Criativas da Unesco, na categoria de Artesanato e Artes Populares – bordado.
A ideia é, através desta arte tradicional icónica do concelho, apostar na criatividade e nas indústrias culturais e criativas, fomentando o desenvolvimento económico. A Biblioteca Municipal de Castelo Branco recebe esta segunda-feira, 6 de fevereiro, um simpósio dedicado a este programa lançado em 2004 para promover a cooperação entre cidades de todo mundo que usam o património e a criatividade como estratégia para desenvolvimento urbano sustentável.
O bordado de Castelo Branco é um dos tesouros mais reconhecidos no artesanato do centro do país. Os motivos têm uma estética que corresponde a uma gramática visual própria. A intensidade das cores e a luz é conferida pelos fios de seda, bordados sobre a base de linho artesanal cru. Os desenhos/motivos tem uma simbologia própria: a Árvore da Vida, os pássaros, os cravos, as rosas, os lírios, as romãs ou os corações – todos com um perfil claramente exótico.
Castelo Branco pretende assim juntar-se a um restrito grupo de cidades mundiais que levam o seu património e a criatividade mais longe. Vão estar presentes algumas das cidades portuguesas que já fazem parte, como Caldas da Rainha – Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares ou Covilhã com o design.
A caminhada que Castelo Branco está a fazer culmina em Junho com a apresentação da candidatura e, outro dos passos a dar, é levar, também, ao mundo virtual (world wide web) o bordado do concelho. O site coloca no primeiro plano Castelo Branco na Categoria de Artesanato e Artes Populares – o Bordado.
(Foto DR)