Sernancelhe de braço dado com a Cultura

Tal não surgiu, porém, do nada. Dois autarcas muito sensíveis a esta temática cultural, José Mário Cardoso e Carlos Silva Santiago, pugnaram por este investimento nas últimas três décadas, colhendo hoje o fruto dessa profícua colheita, nem sempre reconhecido e bem compreendido, de início.

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  • 15:36 | Domingo, 12 de Julho de 2020
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Há muito Sernancelhe, berço de Aquilino, nos acostumou aos seus múltiplos eventos culturais, os quais, além de se revelarem iniciativas de sucesso, se transformaram num difusor de ideias por muitos outros agentes e municípios seguidos.

Tal não surgiu, porém, do nada. Dois autarcas muito sensíveis a esta temática cultural, José Mário Cardoso e Carlos Silva Santiago, pugnaram por este investimento nas últimas três décadas, colhendo hoje o fruto dessa profícua colheita, nem sempre reconhecido e bem compreendido, de início.

Hoje, com o vereador da Cultura, Armando Mateus, o grande ciclo cultural não se deteve sendo disso paradigma as muitas organizações levadas a cabo.


O surto epidemiológico que tomou de assalto o mundo gerou, inevitavelmente, cautelares constrangimentos. Por isso e no pleno acatamento das normas cautelares oriundas da DGS, o já conceituado SER+Cultura, evento agregador de multidões, foi adiado para dias de normalidade e, em seu lugar, surgiu a Exposição Colectiva “Esperança”, que decorre em espaços exteriores, de 10 de Julho a 10 de Agosto.

É bom de ver que o núcleo temático desta colectiva exposição plástica buscou na designação a inspiração para os artistas presentes, que actuaram criativamente sob o desígnio da expectativa, da espera, da ilusão, da crença, da fé em dias futuros normais, como aqueles a que estávamos há décadas tão habituados que já nem os apreciávamos no seu contexto vivencial quotidiano.

Recordamos as palavras de Armando Mateus, em entrevista à RD:

“Com o passar do tempo foi necessário repensar noutra estratégia, que permitisse trazer a cultura novamente a um concelho que tenta marcar a diferença nesta área imprimindo um cunho muito próprio aos seus eventos.

Na impossibilidade de realizar o Ser + Cultura na íntegra, retiramos deste evento a sua maior essência: revitalizar e dinamizar, através das várias manifestações artísticas, o centro histórico de Sernancelhe. Surge assim a grande exposição de instalações artísticas, à qual atribuímos a designação de “Esperança”, e que terá lugar não apenas no referido centro histórico, mas em todo o núcleo central urbano da vila de Sernancelhe, com o intuito de dinamizar o comércio, restauração, hotelaria e equipamentos culturais.”

(…)

“As exposições localizam-se na área envolvente aos Paços do Concelho, prolongando-se pela nova Avenida das Tílias, uma artéria bastante comercial e que foi recentemente requalificada, terminando no centro histórico com a envolvência dos seus monumentos, da biblioteca, do museu, fazendo com que o visitante ao passar e ao contemplar estas exposições, possa também usufruir de uma esplanada para tomar um café, fazer uma refeição num dos vários restaurantes locais ou adquirir algum artigo no nosso comércio local, dinamizando desta forma o setor económico.”

Em suma, no final do dia 10 de Julho, com a limitada presença dos autarcas e dos artistas, Armando Mateus abriu oficialmente a exposição seguida de um convite para deambular pelas ruas de Sernancelhe, procedendo a uma apresentação de todas as obras presentes, do domínio da escultura, pintura, fotografia, instalações artísticas, arte floral, literatura e street art.

Foi dado aos presentes um mapa das exposições, com início no largo fronteiro à Câmara Municipal, Avenida das Tílias, Centro Histórico e finalizando na Loja Interactiva de Turismo.

No respeito do “safe and clean”, esta exposição, pela pluralidade de obras e dilação temporal de um mês, visa acautelar o ajuntamento de pessoas, no sentido de tornar seguro um evento muito rico na sua diversidade e atractividade.

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