A concelhia do Partido Socialista denúncia o desapreço que Almeida Henriques tem com as escolas, com aos alunos e suas famílias no acesso aos transportes, mas por outro lado, privilegia o gasto de milhões, que comprometem o futuro do concelho, o mesmo é dizer, quem vier a seguir que pague.
A dívida da Câmara, no início do ano era de 9 milhões de euros, e neste momento a dívida a médio e longo prazo, subiu para um valor próximo dos 200%, próxima dos 20 milhões de euros.
No início do ano letivo 2020-2021, e no quadro pandémico que vivemos, a tutela, Ministério da Educação, solicitou às escolas para desdobrarem os horários escolares de modo a que houvesse o menor número de alunos nas escolas em simultâneo.
As escolas reuniram com o autarca viseense para ajustarem os horários escolares com os transportes, mas Almeida Henrique frisou às escolas que as escolas tinham de se ajustar aos horários dos transportes e não os transportes às escolas.
Viseu não tem transportes só para os alunos. Os mesmos viajam nos transportes coletivos, mas será que numa situação de pandemia, como a que estamos a viver, não deveria a Câmara procurar responder às necessidades dos alunos, das escolas e das famílias, ajustando os horários dos transportes, aos horários dos alunos?
Os transportes são organizados pela CIM Dão Lafões, segundo a proposta e o mapeamento que os autarcas entregam à CIM Dão Lafões, o mesmo é dizer que Viseu tem os transportes que o autarca viseense apresentou à CIM Dão Lafões.
Os viseenses também são servidos pelo MUV, contudo também este não é capaz de responder às necessidades dos cidadãos. Os alunos que residam no Viso, que entram nas escolas às 8.20h têm de apanhar o MUV das 7.12h, ou seja, demoram mais de uma hora para fazerem meia dúzia de KMs.
O Partido Socialista da concelhia de Viseu reconhece que uma organização cuidada ao nível dos transportes, capaz de responder às necessidades dos alunos e das escolas acarretaria mais gastos ao município, mas tudo é uma questão de prioridades e não nos podemos conformar que Almeida Henriques subestime a Educação, a qual num processo de desenvolvimento estrutural económico, social e de profundas transformações sócio culturais, é chamada a tarefas fundamentais de relevância.
Um concelho, capital de distrito, que se quer moderno, tem de tudo fazer para que a igualdade nas condições de acesso à educação seja uma realidade e não um constrangimento.