Atendendo ao incêndio que deflagra na Serra da Estrela, a Guarda Nacional Republicana (GNR), no âmbito das suas competências de sensibilização, fiscalização, vigilância e deteção, supressão e no pós-evento com a investigação das causas, tem empenhado vários meios de reforço nos locais mais críticos, de modo a salvaguardar, por um lado a segurança e a proteção das pessoas, a sua eventual evacuação, mas por outro a avaliação sumária das causas de incêndio.
Neste âmbito, a GNR tem empenhado meios da Proteção da Natureza e do Ambiente, com equipas de proteção florestal (EPF), meios da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), meios do dispositivo territorial, do trânsito, de intervenção, de investigação criminal, bem como binómios cinotécnicos.
De destacar que, durante o último fim-de-semana, a Guarda Nacional Republicana registou mais dois detidos pelo crime de incêndio florestal, destacando assim o seu papel na prevenção e na vigilância, contando até ao dia de hoje, 35.415 patrulhas de vigilância da GNR e 68 detidos por crime de incêndio florestal, em comparação com os 34 detidos no período homólogo de 2021.
O sistema de vigilância da GNR está assente na Rede Nacional de Postos de Vigia, constituído por 230 Postos de Vigia, que permitem a deteção precoce e identificação precisa das ignições garantindo um célere despacho de meios de supressão, e é complementado pelo sistema de videovigilância florestal, pelo sistema de vigilância móvel terreste (integrando várias Entidades) e por todos os cidadãos, que também se constituem como uma das principais fontes de informação e alerta de Incêndio Rural.
A GNR dispõe ainda de um sistema de videovigilância com cerca de 120 câmaras que cobrem atualmente uma área estimada de 5.000.000 ha do território de Portugal Continental, garantindo um precioso auxílio na deteção de incêndios nascentes e no apoio à investigação do crime de incêndio florestal identificando possíveis autores.
Para além disto, a rede integrada de vigilância e deteção pressupõe ainda o sistema de vigilância aérea, garantido através das Forças Armadas. Fruto do enquadramento legal, compete à GNR, enquanto entidade coordenadora das ações de vigilância, definir as rotas de voo e o horário das aeronaves da Força Aérea Portuguesa (FAP), sendo que, do planeamento promovido, está estipulado o emprego diário de três Unmanned Aircraft Systems (UAS Classe 1 – Aeronaves Não Tripuladas) da Força Aérea Portuguesa (FAP), a operar a partir das bases de Lousã, Mirandela e Beja, com 548 horas de voo realizadas, e o emprego de meios tripulados com 65 horas de voo realizadas.
Relativamente ao incêndio que ainda deflagra na Serra da Estrela, a GNR irá manter e reforçar a vigilância no terreno, nomeadamente nos locais de reacendimento e considerados mais críticos.