1. SITUAÇÃO
De acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 48 horas, queda de neve, agitação marítima e vento, salientando-se os seguintes aspetos:
– Queda de neve nas regiões Norte e Centro acima dos 800/1000 metros e, no dia 9 de março, acima de 600/800 metros;
– Agitação marítima forte com ondas até 7 metros na costa ocidental, podendo atingir picos máximos de 11 metros;
– Vento mais intenso no litoral e nas terras altas, com rajadas até 80km/h.
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Considerando as condições meteorológicas adversas de queda de neve, agitação marítima e vento, é expectável:
– Perturbação grave causada pela queda de neve com acumulação em áreas e a altitudes onde habitualmente não se verifica e possível formação de gelo (vias interditas, danos em estruturas ou árvores, abastecimentos locais prejudicados);
– Piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo e neve;
– Possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima;
– Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia, e outras estruturas;
– Desconforto térmico na população devido à descida da temperatura mínima.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
– Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de gelo ou geada nas vias rodoviárias;
– Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
• Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
• Transporte e colocação das correntes de neve nos veículos;
• Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
• Nos veículos elétricos, deve ser verificada a carga da bateria e analisada a existência de postos de carregamento no seu itinerário;
• Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
• Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.
– Nas vias afetadas pela acumulação de neve, evitar viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
– Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
– Restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas pela queda de neve;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.