O projeto Ecos da Ida e do Retorno, que a associação Binaural Nodar, com sede em Vouzela, desenvolveu ao longo de quase dois anos em vários municípios da região, chegou ao fim, com o sentimento de dever cumprido e um balanço positivo.
“Conseguimos cumprir com sucesso as metas a que nos propusemos”, salienta o presidente da associação Binaural Nodar, Luís Costa, destacando que se pretendia “fazer emergir uma realidade que, na região, é do conhecimento de muita gente, mas cujos detalhes escapam”.
Os processos difíceis pelos quais as pessoas passaram, as suas vidas árduas, um Portugal marcadamente rural e a necessidade de se adaptarem aos países de acolhimento estão entre as cambiantes que foi possível aferir.
Para o responsável, esta abordagem permitiu a “análise da temática através de diferentes prismas, como o impacto ao nível das mudanças sociais, etnografia e no próprio casario das aldeias, entre outros”.
Em e para a comunidade
A encerrar com ‘chave de ouro’ o conjunto de propostas desenvolvido neste âmbito, a Binaural Nodar promoveu um evento comunitário em Nogueira de Côta, na freguesia de Côta e concelho de Viseu, que acolheu a derradeira residência artística do projeto Ecos da Ida e do Retorno.
No passado domingo, a sede da Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira abriu as suas portas e encheu para a apresentação dos trabalhos de Sofía Balbontín (do coletivo Espacios Resonantes), José Bica e da equipa criativa da Binaural Nodar. Houve ainda tempo para uma atuação de alunos de concertina e acordeão da escola de música da ASDRC de Nogueira e para a visualização do documentário “António, Lindo António”, de Ana Maria Gomes, também relacionado com a temática.
“O acolhimento não poderia ter sido melhor, bem como o apoio da Junta de Freguesia e da Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira, que tem um projecto muito interessante, que muito agradecemos”, conclui Luís Costa.