O Observatório das Mulheres Assassinada (OMA) da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) contabilizou 25 mulheres assassinadas em Portugal, entre o início do ano e 15 de novembro, das quais 15 são vítimas de femicídio em relações de intimidade. Em 2022, no mesmo período, tinham sido contabilizados 28 assassinatos de mulheres, dos quais 22 são femicídios.
O combate à violência de género, é uma responsabilidade de todas as pessoas e convoca-nos à tolerância zero, face a atitudes machistas e misógenas que se manifestam não só através da morte, mas também, de outras agressões nas mais variadas situações do quotidiano das mulheres.
Neste 25 de Novembro, à semelhança dos anos anteriores, a Plataforma Já Marchavas sai à rua contra uma sociedade estruturalmente machista, sexista, racista, homofóbica, transfóbica e patriarcal, lembrando que esta luta é interseccional e não pode conhecer tréguas.
A Plataforma assinala a data com uma “colcha de retalhos”, inspirada na Colcha de Retalhos da HIV (AIDS Memorial Quilt), iniciada nos anos 1980 pelo movimento LGBTQIA+ dos EUA. Cada tecido será dedicado a uma vítima, cozidos entre si, formando assim um memorial de homenagem a todas as mulheres assassinadas por violência em 2023.