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Na continuidade do trabalho em rede e multissetorial que se tem vindo a realizar, desde 2021, entre o Grupo Violência: Informação, Investigação, Intervenção (Grupo V!!!) e a Associação Académica de Coimbra, com o apoio da Coordenação Regional de Saúde Mental do Centro (CRSM), a PSP de Coimbra, juntamente com profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos clínicos e peritos de medicina legal) e da justiça (Magistrada do Ministério Público), realizaram dia 16 de maio, e no passado dia 9, duas ações de formação dirigidas aos estudantes voluntários do Projeto Ponto Seguro da Queima das Fitas.
O Ponto Seguro é um espaço que tem presença no recinto do Queimódromo, para ajudar e orientar os estudantes face a situações de especial vulnerabilidade, tais como situações associadas à(s) violência(s), nomeadamente à violência sexual.
O objetivo desta iniciativa, intitulada “Queima das Fitas, Apoio em Contexto de Festa: Ponto Seguro”, foi partilhar conhecimentos, ferramentas e mecanismos disponíveis, nas diferentes áreas, para dar resposta adequada e atempada às vítimas e proceder aos devidos encaminhamentos, nas áreas da saúde, social, policial e judicial.
Em caso de violência sexual, como, quando e o que aconselhar, como atuar, como apresentar queixa, o enquadramento jurídico da violência sexual, a necessidade de respeitar o tempo e o espaço da vítima e a importância das redes de apoio informal e institucional foram algumas das questões abordadas.
Os voluntários que vão estar no Ponto Seguro foram ainda advertidos sobre as diferentes manifestações que as vítimas podem apresentar, como medo, vergonha, sentimentos de culpa ou de humilhação, “treinando” formas de responder e lidar com as eventuais reações possíveis de presenciar, visando assim um atendimento mais especializado e empático.
Segundo um inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre segurança no espaço público e privado, divulgado em 2023, dois em cada dez adultos já foram vítimas de violência física ou sexual em contexto de intimidade, sendo as mulheres as principais vítimas.
A importância de iniciativas como esta, junto da comunidade em geral e na população estudantil em particular, tem sido validada pelo crescente empenho, motivação e disponibilidade dos jovens estudantes da academia de Coimbra.
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