Ponte suspensa ligará Museu do Côa ao alto da Barca, no Peredo dos Castelhanos

O projeto prevê ainda a construção de uma rede de passadiços e caminhos pedonais que interliguem os principais pontos de interesse, a pavimentação de caminhos públicos rodoviários de acesso à ponte pedonal e miradouros e a construção de uma nova ponte rodoviária sobre a ribeira do Arroio.

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  • 15:48 | Quinta-feira, 22 de Outubro de 2020
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O Município de Torre de Moncorvo dispõe de um projeto que pretende ligar as duas margens do Rio Douro entre o Museu do Côa, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, e o Alto da Barca, no Peredo dos Castelhanos, em Torre de Moncorvo, através de uma ponte pedonal que será a maior ponte pedonal suspensa do mundo.

O projeto prevê ainda a construção de uma rede de passadiços e caminhos pedonais que interliguem os principais pontos de interesse, a pavimentação de caminhos públicos rodoviários de acesso à ponte pedonal e miradouros e a construção de uma nova ponte rodoviária sobre a ribeira do Arroio.

Armindo Rodrigues, da empresa Afaplan, e entidade responsável pela elaboração do projeto, reforça a abrangência deste projeto. “Devemos falar nos diferentes âmbitos, não só o interesse local, do concelho de Moncorvo, mas de dois concelhos que são duas regiões distintas, a região de Bragança e a Região da Guarda e também no panorama internacional, porque se Guarda e Bragança ficam unidas por mais um ponto, que não é um ponto qualquer, estamos a falar de uma ponte suspensa com o maior vão do mundo, na ordem dos 750 metros, que tem um impacto a nível turístico forte.”


Salientou ainda que a união das duas margens potencia diferentes rotas religiosas como os caminhos de Santiago, os de Fátima e de Lourdes, cujo centro deste triângulo se situa nesta região.

Nuno Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, explica o que está na génese deste projeto “estamos no coração de algo que é privilegiado, o Douro, o Côa, estamos dentro do Parque Arqueológico do Côa e no Alto Douro Vinhateiro. Sempre foi uma política do executivo pensar desta forma, o turismo que chega ao Porto tem que vir por esse rio, cá para cima, também vimos que o turista fica um dia em Torre de Moncorvo, a ideia é que ele consiga ficar pelo menos duas noites. Mas, para isso, temos de lhe criar condições e dar algo para eles verem e que sintam a oferta, não só os produtos endógenos, não só a gastronomia que é por demais conhecida, mas também de um turismo ativo.”

Para a execução deste projeto prevê-se um investimento de 3 milhões de euros, sendo que a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo irá apresentar o projeto a várias entidades nacionais e regionais para que sejam parceiras neste investimento.

“Com todo este projeto que queremos apresentar publicamente e que queremos fazer com que as entidades nacionais sejam parceiras neste investimento, o que nós queremos é demonstrar que temos todas as capacidades e tudo o que é necessário para teremos um projeto de sucesso e, portanto, é mais uma resposta para aqueles que lançam o desafio aos territórios de baixa densidade. Temos projetos de qualidade, de tão ou mais qualidade do que no litoral, e que queremos aproveitar esse fundo de resiliência para dar a conhecer o território, fazer com que as pessoas estejam neste território, venham cá conhece-lo e ao mesmo tempo tenha a qualidade que nós, aqueles que estamos cá, sabemos que temos, mas não conseguimos dar a conhecer”, referiu o autarca.

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