O Município de Torre de Moncorvo dispõe de um projeto que pretende ligar as duas margens do Rio Douro entre o Museu do Côa, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, e o Alto da Barca, no Peredo dos Castelhanos, em Torre de Moncorvo, através de uma ponte pedonal que será a maior ponte pedonal suspensa do mundo.
O projeto prevê ainda a construção de uma rede de passadiços e caminhos pedonais que interliguem os principais pontos de interesse, a pavimentação de caminhos públicos rodoviários de acesso à ponte pedonal e miradouros e a construção de uma nova ponte rodoviária sobre a ribeira do Arroio.
Armindo Rodrigues, da empresa Afaplan, e entidade responsável pela elaboração do projeto, reforça a abrangência deste projeto. “Devemos falar nos diferentes âmbitos, não só o interesse local, do concelho de Moncorvo, mas de dois concelhos que são duas regiões distintas, a região de Bragança e a Região da Guarda e também no panorama internacional, porque se Guarda e Bragança ficam unidas por mais um ponto, que não é um ponto qualquer, estamos a falar de uma ponte suspensa com o maior vão do mundo, na ordem dos 750 metros, que tem um impacto a nível turístico forte.”
Salientou ainda que a união das duas margens potencia diferentes rotas religiosas como os caminhos de Santiago, os de Fátima e de Lourdes, cujo centro deste triângulo se situa nesta região.
Para a execução deste projeto prevê-se um investimento de 3 milhões de euros, sendo que a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo irá apresentar o projeto a várias entidades nacionais e regionais para que sejam parceiras neste investimento.
“Com todo este projeto que queremos apresentar publicamente e que queremos fazer com que as entidades nacionais sejam parceiras neste investimento, o que nós queremos é demonstrar que temos todas as capacidades e tudo o que é necessário para teremos um projeto de sucesso e, portanto, é mais uma resposta para aqueles que lançam o desafio aos territórios de baixa densidade. Temos projetos de qualidade, de tão ou mais qualidade do que no litoral, e que queremos aproveitar esse fundo de resiliência para dar a conhecer o território, fazer com que as pessoas estejam neste território, venham cá conhece-lo e ao mesmo tempo tenha a qualidade que nós, aqueles que estamos cá, sabemos que temos, mas não conseguimos dar a conhecer”, referiu o autarca.