Parolice ou branqueamento? – questiona o BE Viseu

Esta iniciativa com um objetivo eleitoralista já conhecido por cá, de proliferação de cartazes e placas em tempo de eleições para mostrar obra, ou é uma iniciativa parola, desprovida dos mínimos de decência democrática, ou é um ataque à memória de Álvaro Monteiro e à memória antifascista na cidade de Viseu.

  • 11:15 | Segunda-feira, 09 de Agosto de 2021
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A homenagem a Álvaro Monteiro, promovida por um grupo de cidadãos, foi vandalizada pelo município e pela junta de freguesia de Viseu. Recuperação e pedido de desculpas público são necessários!

Independentemente dos posicionamentos partidários e opções políticas concretas, Álvaro Monteiro foi um democrata opositor do regime fascista, tendo sido preso pela PIDE.

A forma como se banaliza a homenagem a este democrata antifascista é uma forma de branqueamento da história, uma ação pelo esquecimento, precisamente quando esta memória é mais necessária, com a extrema direita à espreita no seio da democracia.


Esta iniciativa com um objetivo eleitoralista já conhecido por cá, de proliferação de cartazes e placas em tempo de eleições para mostrar obra, ou é uma iniciativa parola, desprovida dos mínimos de decência democrática, ou é um ataque à memória de Álvaro Monteiro e à memória antifascista na cidade de Viseu.

Quando por cá existem dois candidatos que têm o registo bafiento e opressor de outros tempos, precisamos de preservar a memória!

O Bloco de Esquerda exige a remoção da placa eleitoralista e o restauro da homenagem, assim como um pedido de desculpas público à família e a todas as pessoas que no seu dia a dia combatem os avanços da extrema direita.

O Bloco continuará a bater-se pela preservação da memória e pelo combate efetivo aos fascismos que vão espreitando nestas janelas de oportunidades de quem quer apagar essa memória.

 

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