O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) quer pagamento de um apoio extraordinário destinado às crianças que não tenham tido acesso neste ano letivo a vaga abrangida pela gratuitidade no setor social e solidário ou nas creches licenciadas da rede privada lucrativa.
O projeto de lei apresentado pelo PAN prevê o pagamento de um apoio de até 115 euros a iniciar ainda antes do final do ano, para ajudar a colmatar as insuficiências do programa do Governo que deixa quase 40% das crianças abrangidas sem acesso ao mesmo.
Conforme frisa a porta-voz do PAN, “isto significa que, tal como havíamos alertado e mesmo com todos os esforços feitos pelo Governo para alargar o âmbito do programa, 4 em cada 10 crianças nascidas após 1 de setembro de 2021 não têm acesso a creche gratuita, o que representa uma grave frustração de expetativas destas famílias e as obriga a terem de procurar alternativa nas creches licenciadas da rede privada lucrativa ou amas não abrangidas pelo programa, muitas vezes com prestações incomportáveis mesmo para famílias com salários dentro dos valores do salário médio”.
Por isso, para Inês de Sousa Real, “também nesta matéria o Governo atua a ‘conta-gotas’ e demora em dar às famílias as respostas de que necessitam, para mais num contexto socioeconómico difícil”.
Dado que cerca de 40% das crianças elegíveis vão continuar fora do programa, o PAN defende a criação de um apoio extraordinário a conceder pela Segurança Social num montante de 86 a 115 euros isento de tributação em sede de IRS, variável conforme o escalão de rendimentos por elemento do agregado e até ao 6.° escalão de IRS a quem não tenha tido acesso a vaga abrangida pela gratuitidade no setor social e solidário ou nas creches licenciadas da rede privada lucrativa.
O montante, destinado a comparticipar as despesas de frequência de creche ou ama, entre 1 de setembro de 2023 e 31 de agosto de 2024, deverá ser pago numa prestação única até 31 de dezembro a processar até final de janeiro de 2024, ou em prestações mensais.
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