No mês em que a saúde feminina está em evidência pela prevenção do Cancro de Mama, é importante também dar ênfase em uma outra doença que atinge mais as mulheres do que os homens. O PhD em neurociência Fabiano de Abreu comenta estudos sobre a diferença da prevalência do Alzheimer entre homens e mulheres semanas após o Dia Mundial da Prevenção de Alzheimer.
Estudos recentes comprovam que as mulheres correm mais risco de sofrerem do Alzheimer do que os homens. Esse é o resultado de diversos estudos sobre o assunto que foram analisados por Fabiano de Abreu: “O cérebro deles é maior do que o delas e está aí a relação”, aponta.
Fabiano explica que diversas pesquisas foram feitas e explica o resultado: “Foram medidas as circunferências das cabeças de várias pessoas, sendo que aquelas que tinham a cabeça menor, consequentemente o cérebro menor, apresentaram mais casos de demência e Alzheimer do que as outras”.
Vale lembrar que os primeiros sinais podem parecer simples, mas merecem a devida atenção: “Dificuldade para lembrar fatos recentes, mas consegue se lembrar facilmente do que aconteceu no passado. A pessoa acha difícil acompanhar conversas ou programas de TV, esquece nomes de amigos bem próximos ou de objetos que usa todos os dias, além de não conseguir lembrar as coisas que ouviu ou leu. Se percebeu algumas destas situações, é bom procurar um neurologista”, observa Fabiano.
Outro detalhe que o neurocientista observa é que a relação da patologia de Alzheimer com o diagnóstico clínico difere de forma significativa entre homens e mulheres. “Cada unidade adicional de patologia foi associada com um aumento de 3 vezes nas probabilidades de demência por Alzheimer em homens. Nas mulheres, este índice foi associado com um aumento de 20 vezes para demência por Alzheimer”.
Sejam por fatores genéticos ou hormonais, o neurocientista recomenda que a prevenção ainda é um caminho a ser seguido: “Estude, leia, mantenha a mente sempre ativa. Faça exercícios como aritmética ou palavras cruzadas, não fume, mantenha uma alimentação saudável e realize atividades físicas. São atitudes simples do quotidiano, mas podem trazer uma bela diferença e prevenir tantos problemas como os que são causados pelas doenças neurodegenerativas”, completa.