Hugo Carvalho, Guilherme Almeida e Cristiana Ferreira abordaram a requalificação do IP3, a modernização da Linha da Beira Alta, a requalificação de várias Estradas Nacionais (EN) e Itinerários Complementares (IC), entre outras vias estruturantes para o distrito de Viseu.
O primeiro eleito social-democrata recordou as questões que os deputados por Viseu têm enviado ao Ministério das Infraestruturas, ao longo do mandato, referindo que a Infraestruturas de Portugal (IP) só responde com “contratos feitos, papeis assinados, sendo que os papeis dizem que as empreitadas estão e vão acontecer, mas os vossos papéis têm as obras, o país nem por isso”.
Segundo o parlamentar, existem casos em que a IP refere que as obras estão em execução e “que não estão, nem sequer dotadas de sinalização horizontal, seja a EN225, a EN222, a EN228, a EN226, entre outras”. O deputado laranja sustentou, por isso, que “diz-se que há contratos a andar”, mas “não há nada concreto a ser desenvolvido”.
Durante a sua intervenção, Cristiana Ferreira referiu que o aumento das vítimas mortais nas estradas do distrito de Viseu cresceu, em 2022, em comparação com o ano anterior, 84,6%, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. “O número de feridos graves aumentou 11,6% e de feridos ligeiros 11,9%.”
“É urgente providenciar pela melhoria das condições de segurança, circulação e mobilidade no distrito porque, de facto, há muitos maus exemplos de abandono por parte do Estado Central em matéria de infraestruturas rodoviária.”
Hugo Carvalho suportou também que “há uma dissonância se a Infraestruturas de Portugal diz que há desenvolvimentos e não se vê nada. Alguém não estará a deixar acontecer”. Segundo o parlamentar, “as coisas que estão prometidas há anos e anos, por este Governo, acontecem agora porque o Plano de Recuperação e Resiliência chegou”. “É para aplicar este mesmo princípio a todas as outras promessas feitas aos viseenses há tantos anos, nomeadamente no que diz respeito à rodovia”, questionou.
Por sua vez, Guilherme Almeida confrontou o Ministro das Infraestruturas com a data de 2 de julho de 2018. Data na qual o Primeiro-Ministro, António Costa, lançou os concursos para as obras de requalificação do IP3, que deveriam estar concluídas no primeiro semestre de 2024, disse.
Mas cinco anos depois, “o Governo apenas conseguiu requalificar um troço de 16 quilómetros, estando ainda a faltar reabilitar um total de 75 quilómetros”, referiu o deputado social-democrata. Neste sentido, o parlamentar do PSD questionou, mais uma vez, o Ministro sobre quando vai arrancar a empreitada de ligação do IP3 de Viseu a Santa Comba Dão, assim como para quando se prevê concluir a requalificação integral do IP3.
Sobre a requalificação da Linha da Beira Alta, que está encerrada desde abril de 2022, Guilherme Almeida revelou que, na sequência da visita dos deputados do Círculo Eleitoral de Viseu do PSD à obra, a 5 de junho, e mesmo o Ministro tendo garantido, dias antes, “que a linha seria aberta a 12 de novembro”, se verifica um grande volume de trabalhos por executar na empreitada e alguns problemas ao nível do decorrer da obra. Neste âmbito, o parlamentar questionou João Galamba sobre qual a justificação para uma derrapagem tão grande dos prazos de execução e dos custos previstos.
Cristiana Ferreira afirmou ainda, durante a sua intervenção, que “existem muitas estradas em elevado estado de degradação e que se têm revelado um fator de insegurança para os cidadãos da região”. Exemplos como o IP5, o IC12, que liga Santa Comba Dão, Carregal do Sal e Nelas, a EN16, que liga São Pedro do Sul a Vouzela, a EN228 Mortágua e a EN333, que percorre Vouzela, Viseu e Oliveira de Frades, que têm de ser resolvidos para garantir a segurança dos cidadãos, finalizou a parlamentar social-democrata.