Pelo que se vê nos debates, e a procissão já vai a meio, estamos como há 47 anos atrás. Nada de inovador.
Néscio é quem ainda se dá ao trabalho de ouvir estas picaretas falantes que debitam um rol de medidas, sem se comprometerem com a medida e o tempo da sua execução.
Fazendo um exercício comparativo, mudou a TV a preto e branco, os fatos, as caras dos protagonistas e alguns temas que a sociedade e a Europa trouxeram para a agenda. No mais, o mesmo de sempre.
Fala-se pela rama do crescimento económico, dos impostos, do SNS, como o diabo a fugir da cruz. Sobre as razões de estarmos na cauda da Europa, nem uma palavra. A palavra da vergonha, da incompetência e do compadrio, o tripé que sustenta o nosso atraso, a tenaz que estrangula o nosso desenvolvimento.
Esta gente, no campo político, é irritantemente irresponsável, arrogantemente inimputável.
(Foto DR)