Ontem, dia 4 de Março assinalou-se o dia Mundial da Obesidade.
Para a Juventude Socialista, não se trata apenas de um dia para nos relembrar que atualmente, o excesso de peso é um dos principais responsáveis pela doença em Portugal e pela má qualidade de vida de cerca de um milhão de Portugueses, mas também se reflectirmos não fica de fora o campo ambiental, essencialmente pela consciência de que actualmente os seres humanos comem mais do que necessitam, nutricionalmente pior, destruindo o planeta e a sua própria saúde.
Arrisco-me a dizer que uma das melhores formas que poderíamos usar para lidar com o problema das alterações climáticas passaria também por darmos uma maior atenção à forma como nos alimentamos.
Claro está, não descuidando a complexidade associada a esta doença, cruel, que resulta de múltiplas interações de fatores genéticos, sociais, psicológicos e ambientais.
Para isso queremos sobretudo prevenir, sensibilizar e melhorar a compreensão destas causas e das ações necessárias para as combater.
Em tempo de pandemia, confinados, observa-se o agravamento desta situação sobretudo o sedentarismo e a falta de exercício físico. Outro dos motivos é, claramente, o aumento do consumo e do ACESSO ao fast-food e de bebidas encharcadas de açúcar.
Para a Juventude Socialista, a palavra de ordem é então prevenir, poder complementar num ambiente saudável a prioridade para a obesidade como uma questão de saúde fundamental, trabalhando para mudar de políticas e construir sistemas de apoio adequados e funcionais para o futuro.
Um estudo do ano passado da Universidade da Carolina do Norte, concluía que a obesidade aumentava o risco de morte por COVID-19 em quase 50% e que pode tornar as vacinas menos eficazes.
Nestes infetados, o risco de internamento aumenta 113% e o de necessidade de cuidados intensivos 74%. O risco de um desfecho fatal é de 48%. Como era de prever, em relação a outras doenças, a obesidade traz complicações e piores prognósticos.
A falta de dinâmica nestes tempos em que o homem parece não ter tempo para nada, está há meses confinado, os estilos de vida saudáveis revestem-se de uma importância central para a saúde.
Os políticos e académicos devem colaborar de forma flexível e objectiva, para que se consiga um impacto significativo ao modificar o comportamento saudável das populações e essencialmente dos jovens.
Claro que é preciso não cometer exageros pois a informação disponível nem sempre é a correta. A consulta e o aconselhamento por profissionais de saúde como Psicólogos e Nutricionistas, bem como os profissionais de treino, devidamente esclarecidos, é um grande caminho para práticas saudáveis sem impor regras que conduzam a sacrifícios excessivos e prejudiciais. Como tudo na vida tem de haver equilíbrio.
A prevenção para a prática de exercício e a alimentação, são então essenciais, pois considero que sejam um dos meios centrais para que o indivíduo possa ser mais feliz, saudável, confiante e assim, participativo e incluído na sociedade.
Porque continuam a haver mais questões que soluções.
O combate à obesidade é uma causa muito importante! Hoje em dia cada vez mais!
É tempo de agir!
Ricardo Abreu – Secretário Nacional da Juventude Socialista