O PCP, o Dia Internacional dos Museus e a autarquia viseense

A este cenário acresce a preocupante situação do Património no plano nacional, cuja orgânica de gestão se encontra em reestruturação, nomeadamente com a transferência de competências entre organismos e tutelas, num processo irresponsável e abrupto promovido pelo Governo PS, que está a deixar o sector em situação caótica.

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  • 12:37 | Domingo, 19 de Maio de 2024
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“Há um ano, no Dia Internacional dos Museus, o PCP denunciou o encerramento dos museus municipais aos domingos e feriados, medida levada a cabo pela Câmara Municipal de Viseu (CMV) como forma de responder à suposta baixa afluência aos museus nestes dias.

Ora, ao invés de criar uma estratégia que aproxime os museus das pessoas, a CMV, obedecendo a uma lógica puramente economicista, escolhe encerrar os museus precisamente nos dias em que há maior disponibilidade das pessoas para este tipo de actividades. Ainda que a CMV tenha recuado parcialmente na sua decisão, optando por manter abertos aos domingos os museus Almeida Moreira, Keil do Amaral e de História da Cidade, apenas durante os horários de Verão, considera a Comissão Concelhia de Viseu do PCP que, à semelhança das demais capitais de distrito, estejam abertos os museus sob alçada municipal aos domingos e feriados, durante todo o ano, e que sejam criadas medidas que promovam a política cultural em Viseu, designadamente a actividade museológica.

A Comissão Concelhia de Viseu do PCP lançou assim um abaixo-assinado que corporiza esta exigência e preocupação, contando já com centenas de assinaturas.

A este cenário acresce a preocupante situação do Património no plano nacional, cuja orgânica de gestão se encontra em reestruturação, nomeadamente com a transferência de competências entre organismos e tutelas, num processo irresponsável e abrupto promovido pelo Governo PS, que está a deixar o sector em situação caótica.


Um processo que não deu resposta à já denunciada falta de meios materiais e humanos em museus, palácios, monumentos, laboratórios e estruturas de gestão patrimonial, agravando-a mesmo.

Esta situação de negligência face ao Património tende a acentuar-se com a iminência de aposentação de vários trabalhadores, muitos deles especializados. Fica assim comprometido o dever do Estado de salvaguarda, estudo e divulgação patrimonial, pelo que se exige o imediato reforço financeiro do sector e a contratação permanente, com vínculo estável, dos necessários profissionais para o regular funcionamento das várias estruturas e organismos da área do Património.

Na Assembleia da República, no Parlamento Europeu e nas ruas de Viseu, o PCP continuará a lutar pelo direito à Cultura, pela protecção e salvaguarda do Património, pela melhoria das condições de vida do povo português e pela reabertura dos museus municipais, aos domingos e feriados, em Viseu.

A Comissão Concelhia de Viseu do PCP

 

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