Processos envolvendo banqueiros que se vêm dilatando no tempo, talvez pela sua complexidade e dimensão, começam a ter desfecho à vista.
O caso de João Rendeiro ex-presidente do BPP – Banco Privado Português e de Paulo Guichard que foi administrador da mesma instituição, condenados pelo Tribunal da Relação a cinco anos e oito meses de prisão efectiva e a quatro anos e três meses de pena suspensa, respectivamente.
As acusações vão desde burla qualificada, a falsidade informática e falsificação de documentos, ocultação de dados ao BdP, adulteração de contabilidade, etc.
Dez anos se escoaram desde o início deste processo. Talvez agora chegue a seu fim. Os lesados serão ressarcidos de suas perdas? Onde foram parar os milhões desaparecidos?
Por seu turno, Ricardo Espírito Santo viu o TC validar a coima de 3,7 milhões de euros que lhe tinha sido atribuída e a impossibilidade de na próxima década exercer cargos em instituições financeiras e de crédito. Em causa está um dos processos que impendem sobre o ex-banqueiro, referente à falsificação das contas do ESI – Espírito Santo Internacional.
No decurso desta semana será tornada pública a acusação do MP ao ex-ceo do BES, num megaprocesso que tem ainda mais 41 arguidos. O despacho final está assinado e tem mais de 3.000 páginas.
Neste contexto, serão apuradas as responsabilidades criminais (?) de ex-administradores da CGD, ou o único acusado e condenado é Armando Vara, que está a cumprir pena de prisão efectiva de cinco anos no estabelecimento prisional de Évora?