No passado dia 21 de Dezembro afundou nos Bassins à Flot, um local “carregado de simbolismo”, localizado na cidade francesa de Bordéus, a nova “casa” da empresa Carmo, sediada em Oliveira de Frades.
A aventura de construir um escritório flutuante, um projecto que ao longo dos últimos anos “atravessou várias fases de estudo, desenvolvimento e licenciamento no centro de Bordéus”, era também a “prova do conhecimento e do saber fazer que a Carmo tem ao nível da construção em madeira”. O projecto de arquitetura foi entregue já em 2014 à agência francesa “2 PM A”. Cinco anos depois o investimento nesta estrutura está estimado em perto de um milhão e meio de euros. Estas instalações seriam inauguradas em Janeiro passado.
Segundo o administrador da empresa à Lusa, Jorge Carmo, “O presente de Natal que tive veio em 22 de dezembro, pelas mãos do tornado Fabien, que passou no norte de Portugal, mas que foi mais forte no Golfo de Biscaia. E Bordéus foi a zona mais fustigada, com ventos superiores a 160 quilómetros por hora, igrejas que caíram, mortes que se registaram e o escritório, que estava a ser construído junto ao paredão, afundou”.
Esta sede tinha como base um barco com 30 metros por 15, em aço, ou seja, um flutuador de 450 m2, preso por pilares de 15 metros de profundidade, sendo os escritórios construídos em madeira, a matéria-prima da empresa. Aquando da ocorrência do sinistro decorriam os acabamentos finais, que se prendiam com a instalação de equipamento informático e mobiliário.
A Carmo Wood exporta actualmente para mais de 40 países e regista uma facturação agregada de cerca de 70 milhões de euros.