Nova Exposição “Cintura” de José Pedro Cortes patente no Porto

Como já é normal no trabalho de Cortes, as fotos evocam momentos íntimos que são misteriosos e pessoais, quase como se a VCI fosse uma personagem por si só. Diariamente, a VCI conta com bastante movimento de pessoas, sendo difícil imaginar que todo esse movimento desacelere, como se o artista nos lembrasse que a humanidade possa estar nessa mesma trajetória - uma metáfora sobre a cultura contemporânea, ou talvez a falta dela

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  • 10:22 | Quinta-feira, 07 de Outubro de 2021
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“Cintura” é o nome da mais recente exposição do artista português José Pedro Cortes, com curadoria de Sylvia Chivaratanond.

A exposição tem o apoio da Câmara Municipal do Porto, ao abrigo do Programa de Apoio à Criação Artística CRIATÓRIO e estará patente na sala de exposições da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto. “Cintura” tem entrada livre e a inauguração está agendada para o próximo dia 14 de outubro, às 19h00.

“O futuro pertence àqueles que entendem que fazer mais com menos é compassivo, próspero e duradouro e, portanto, mais inteligente e até competitivo.” A frase é de Paul Hawken, ambientalista e empreendedor e serve de mote à exposição de trabalhos inéditos do artista José Pedro Cortes, com curadoria de Sylvia Chivaratanond.

“Cintura” explora as vastas estruturas da VCI, um mapa entrelaçado de auto-estradas e anéis circulares que ligam as pontes do centro do Porto à periferia da cidade ao longo do Rio Douro. Com origem na década de 1960 e ampliada em 1989, a VCI é descrita como uma espécie de artérias de entrada e saída da cidade e que teve um papel vital na formação e desenvolvimento do Porto. Cortes cresceu e deslocou-se pela VCI enquanto adolescente e desenhou um retrato íntimo do seu sistema pulsante visto através da sua objetiva.


Como já é normal no trabalho de Cortes, as fotos evocam momentos íntimos que são misteriosos e pessoais, quase como se a VCI fosse uma personagem por si só. Diariamente, a VCI conta com bastante movimento de pessoas, sendo difícil imaginar que todo esse movimento desacelere, como se o artista nos lembrasse que a humanidade possa estar nessa mesma trajetória – uma metáfora sobre a cultura contemporânea, ou talvez a falta dela. Ou ainda, talvez queira apontar para os meros atos transgressivos que já ocorreram nessas estradas. Em contraste com a natureza, a VCI foi construída pelo homem e atende às necessidades do capitalismo. Ainda assim, a ironia que existe por trás é que devemos entrar nos nossos carros e usar essas mesmas estradas para chegar à natureza, ou, tal como Ralph Waldo Emerson escreveu: “Adote o ritmo da natureza – o segredo dela é a paciência; na realidade, é algo que todos devemos adotar para poder entrar e sair da VCI”.

 

 

EXPOSIÇÃO CINTURA

José Pedro Cortes · 14 OUTUBRO · 17 DEZEMBRO

Curadoria de Sylvia Chivaratanond

Entrada Livre · de terça a sexta · 14H00 – 19H00

Sala de Exposições da Escola das Artes da Católica

Rua de Diogo Botelho, 1327, 4169-005 Porto

 

Para mais informações consultar:

https://artes.porto.ucp.pt/pt/central-eventos/jose-pedro-cortes-cintura

 

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