A câmara municipal de Tondela anunciou um saldo de gerência superior a 8,5 milhões de euros e uma execução orçamental de 56,60%, que espelha muito bem o fracasso da maioria e que levou os vereadores do PS a votarem contra.
A execução do Plano Plurianual de Investimentos foi 29,61%, as Grandes Opções do Plano, 42,33% e as Atividades Mais Relevantes, a nível que não passa do razoável, 71,55%, apenas porque não exigem esforço de boa gestão, limitando-se a liquidar obrigações – PPP’s, transferências para as freguesias, bombeiros, entidades participadas, despesas com água, energia e pouco mais, mas que ainda ajudou a disfarçar os míseros 56,60% da generalidade da execução.
O rigor, responsabilidade e transparência são uma ilusão: os milhões, que virão do Quadro 2020, andam a voar de ano para ano, ao sabor do calendário quadrienal e a sua não execução deve-se à estática municipal e não aos incêndios de 2017, enquanto omite, por exemplo, que o saldo da poupança baixou para menos de metade, que a margem de endividamento diminuiu e que a robustez financeira também deve ter em conta os encargos à margem das contas, mas que as comprometem por mais 20 anos, num valor muito superior a uma dezena de milhões de euros, por via das PPP’s.
Quando ao Regulamento de Benefícios sociais aos Bombeiros, que mereceu o voto de abstenção dos socialistas:
As palmadinhas nas costas não compensam, nem vão ao encontro às expetativas das mulheres e dos homens que, diariamente, dão um pouco de si em prol dos outros. Iniciativa primeira do PS, que viria a ser “responsável” e apresentou o seu próprio projeto, previamente discutido com alguns interessados, foi completamente ignorado pela maioria, que se limitou a cumprir essa “chatice”, mas que, nem de longe, se enquadra no que seria desejável. Não nos contentamos, nem os bombeiros se devem contentar, com migalhas, mas mais vale pouco que nada.”
Vereação PS Câmara Municipal de Tondela