A colecção de automóveis do Museu do Caramulo foi reforçada com um dos Supercarros mais icónicos do início da década de 90: o Jaguar XJ220.
Desenhado por Keith Helfet, o Jaguar XJ220 começou a ser desenvolvido por um pequeno grupo de técnicos da Jaguar, com a premissa de fazer uso da nova versão do motor V12 com quatro válvulas por cilindro, tracção integral e quebrar a barreira das 220 milhas por hora (352 km/h) de velocidade máxima.
O concept-car inicial foi apresentado em 1988, no Salão de Birmingham, onde teve uma reacção melhor do que o esperado. A marca recebeu 1500 depósitos de clientes interessados no futuro modelo. As primeiras entregas foram agendadas para 1992. No entanto, a versão final seria um pouco diferente.
Por motivos de requisitos de engenharia e de uma nova legislação que limitava fortemente as emissões, o motor V12 foi substituído por um V6 biturbo e a transmissão integral foi simplesmente cancelada. Embora o peso fosse inferior ao esperado e a potência declarada fosse mais elevada, o propulsor não tinha o mesmo pedigree do inicialmente proposto e provavelmente mais importante, a conjuntura económica tinha mudado. A procura por automóveis de altas prestações abrandou e a marca viu uma grande parte dos potenciais interessados desistirem da compra.
Para Salvador Patrício Gouveia, Presidente da Direcção do Museu do Caramulo, “O Jaguar XJ220 é um automóvel mítico, e que além de complementar a crescente colecção de desportivos em exposição, corporiza o espírito de competição que esteve sempre no DNA da Jaguar”.
O XJ220 deteve o título de automóvel de série mais rápido do mundo em 1992, com uma velocidade de 217,1 mph (347,4 km/h) no Circuito de Nardo.