No dia 18 de maio, o Brasil uniu-se numa causa nobre e urgente: o combate ao abuso e exploração sexual de menores. Essa data, instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, procura ampliar a conscientização sobre um problema que infelizmente ainda assombra a nossa sociedade. Só nos três primeiros meses deste ano, 17,5 mil violações sexuais contra crianças e adolescentes foram registradas pelo Disque 100 (dados do Brasil). Os dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania apontam um aumento de quase 70% em relação ao mesmo período de 2022. De acordo com a Unicef, cerca de 100 crianças e adolescentes de até 14 anos são violadas por dia no Brasil. Segundo os dados desse estudo que mapeou boletins de ocorrência registrados no país de 2017 a 2020, são 36 mil estupros por ano.
A neuropsicóloga Leninha Wagner ressalta a relevância do 18 de maio como uma oportunidade para reforçar a proteção e os direitos das crianças e adolescentes. “Precisamos estar atentos e engajados nessa luta diária. A conscientização sobre o abuso e a exploração é essencial para prevenir e combater essa violência que afeta milhares de crianças em nosso país”, destaca a especialista.
No contexto atual, em que a pandemia intensificou as vulnerabilidades sociais, é fundamental promover a discussão e sensibilizar a sociedade sobre essa triste realidade. Leninha enfatiza que a prevenção começa pelo diálogo e pela educação. “É essencial que pais, educadores e responsáveis estejam atentos aos sinais e sintomas que possam indicar situações de abuso. A informação é uma arma poderosa. Precisamos ensinar às crianças sobre seus direitos, sobre a importância de dizer ‘não’ e buscar ajuda caso se sintam em perigo. Também é necessário capacitar os profissionais que lidam diretamente com crianças, como professores e profissionais da saúde, para identificar e agir diante de casos suspeito”, ressalta.
No combate ao abuso e exploração sexual, é indispensável fortalecer a rede de proteção. A neuropsicóloga destaca a necessidade de envolvimento de diversos setores da sociedade, como a educação, a saúde, a justiça e os órgãos de segurança. “A integração desses atores é essencial para garantir uma abordagem multidisciplinar e eficaz, desde o acolhimento e proteção até o processo de reabilitação das vítimas”, explica a neuropsicóloga. É importante lembrar que o abuso e a exploração sexual não conhecem fronteiras sociais, econômicas ou culturais. A violência pode ocorrer dentro das próprias famílias, nas escolas, em ambientes virtuais e em diversos outros contextos. Portanto, é necessário romper o silêncio e denunciar qualquer suspeita de abuso.
Sobre Dra. Roselene Espírito Santo Wagner
Também conhecida como Dra. Leninha, é uma neuropsicóloga especialista no tratamento de diversos transtornos, além de ser habilitada para aplicação de testes psicomotores reconhecidos mundialmente. Como especialista, tem participação em diversos programas de rádio e televisão, assim como periódicos e revistas nacionais e internacionais. Breve Currículo profissional: Psicóloga Clínica, Psicóloga Bariátrica, Neuropsicóloga, Psicanalista, Especialista em Orientação Vocacional, Especialista em Neurociência, Especialista em Psicologia na Dimensão do Envelhecimento, Especialista em TDAH, Especialista em Treino Cognitivo, Especialista em Psicometria – Testes Psicológicos/Neuropsicológicos, Especialista em Psicodiagnóstico e Avaliação Neuropsicológica, Terapeuta de Casal e Família, Terapeuta em Dependência Química.