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Pela primeira vez, a cidade de Lamego vai ter uma residência para estudantes bolseiros que frequentam o ensino superior. A candidatura apresentada pelo Município de Lamego, em parceria com o Instituto Politécnico de Viseu, para a criação do projeto já foi aprovada, no âmbito do “Programa Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis” que será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O novo alojamento para estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL) vai nascer no coração do centro histórico da cidade, na Praça do Comércio e na Rua da Cadeia. Juntará dois edifícios, com cerca de 150 anos, que a Câmara Municipal já adquiriu para requalificar.
O investimento total previsto é de 1.786.347 euros, dos quais a autarquia terá que assumir 284.217,00€ de investimento não financiado. A obra deve iniciar durante o primeiro semestre de 2023.
A localização da residência de estudantes no centro histórico da cidade de Lamego visa, por um lado, atrair novas dinâmicas e atividades para este local e fixar população jovem no centro histórico envelhecido. Por outro, pretende impulsionar o processo de reabilitação urbana desta zona nobre, nomeadamente do setor privado.
Os edifícios a requalificar e adaptar para a residência dispõem de um logradouro interior comum, que servirá de apoio e fará a ligação entre os dois edifícios, conferindo-lhe uma funcionalidade única.
A futura residência terá 46 camas e foi planeada para proporcionar as melhores condições de estadia, bem-estar e conforto, contribuindo para a igualdade de oportunidades, integração social e bom desempenho académico dos alunos.
Terá diversas tipologias e áreas comuns (cozinha, salas de refeições, de convívio e de estudo, lavandaria, entre outras). Após a conclusão das obras, a gestão do equipamento será assumida pelo IPV/ESTGL.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, “a concretização deste novo projeto é uma ambição antiga e vai reforçar o crescimento e a consolidação do ensino superior público em Lamego que regista uma procura crescente, conforme aconteceu no início deste ano letivo. A não existência de uma estrutura residencial deste tipo, numa instituição onde 80% dos alunos chegam de fora do concelho, e onde o mercado de arrendamento não consegue dar resposta, é um problema que nos preocupa. A residência será criada para ajudar estas situações”.
“Acredito que este novo investimento também dará o pontapé de saída para o processo de rejuvenescimento da zona alta da cidade, com a presença de mais jovens e mais dinâmica económica, impulsionando a recuperação e a revitalização de toda a Praça do Comércio”, afirma.
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