Em 2009, o socialista João Ribeiro ganhou as eleições para a câmara de Tabuaço ao histórico social-democrata, Pinto de Sousa, que se candidatava ao seu sexto mandato.
João Ribeiro foi presidente da autarquia de Tabuaço até 2013 e é acusado pelo Ministério Público, entre outros crimes, de ter recebido um suborno de 51 mil euros de uma construtora, a Montalvia, de Gumercindo Lourenço e de seu filho, Daniel Lourenço, sendo-lhe ainda imputados crimes de “corrupção passiva para acto ilícito, fraude na obtenção de subsídio, prevaricação de titular de cargo político e de falsificação de documentos”.
Perante as notícias entretanto vindas a lume na comunicação social e as declarações públicas prestadas pelo ex-autarca, que se diz “alvo de perseguição política” visando o seu afastamento definitivo da “vida política”, a Câmara Municipal de Tabuaço, liderada por Carlos Carvalho, entendeu tornar público o que segue:
“No dia 26 de Outubro de 2021 o Município de Tabuaço foi notificado, como lesado, da acusação deduzida no âmbito do inquérito no 33/14.0TATBC da 1a Secção de Coimbra, do DIAP Regional de Coimbra.
O Ministério Público, na acusação deduzida, entende que se encontra suficientemente indiciado um prejuízo, para o Município de Tabuaço, no valor de 295.508,26 euros.
Os factos que a acusação qualifica como criminalmente ilícitos referem-se ao mandato autárquico decorrido entre 2009 e 2013.
Tendo em consideração os factos constantes da acusação e a notificação recebida, o Município irá intervir no processo nos termos em que a lei lho permite, a fim de assegurar a defesa do interesse público municipal.”
(Foto DR)