Um projeto de investigação conduzido pela Universidade de Coimbra (UC), pela Universidade da Beira Interior (UBI) e pela Stemlab (detentora da Crioestaminal) vai receber 150 mil euros para o desenvolvimento de uma nova terapêutica para acidentes vasculares cerebrais (AVC) isquémicos a partir de células estaminais. Com esta investigação, a equipa pretende trazer novas respostas para os constrangimentos no acesso a tratamentos para este problema de saúde.
Apoiado pela Fundação “la Caixa” – no âmbito do concurso Promove, realizado em colaboração com o BPI e em parceria Fundação para a Ciência e a Tecnologia –, o projeto REPAIR – Reparar e Recuperar no AVC isquémico: novas estratégias de terapia celular vai estar em curso durante três anos, “unindo esforços entre a academia e a indústria para a utilização de terapia celular e a sua modelação por exposição a atmosfera de hipóxia, isto é níveis de oxigénio mais baixos do que os normalmente aplicados em condições laboratoriais”, explica o investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC), Bruno Manadas.
O AVC isquémico ocorre quando o fluxo de sangue no cérebro é reduzido ou interrompido, afetando as células cerebrais, que deixam de funcionar normalmente por causa da falta de oxigénio e de nutrientes.
Integram também a equipa do projeto REPAIR o investigador do CNC-UC e docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, Carlos Duarte; a docente e investigadora da UBI, Graça Baltazar; e a responsável de Investigação e Desenvolvimento da Crioestaminal, Carla Cardoso.
O projeto conta ainda com a colaboração do diretor da Unidade de Investigação Neurovascular da Universidade Complutense de Madrid, Ignacio Lizasoain.
(Fotografia da equipa de investigação (da esquerda para a direita: Bruno Manadas e Carlos Duarte, da Universidade de Coimbra; Graça Baltazar da Universidade da Beira Interior; e Carla Cardoso, da Crioestaminal).