Indústria dos Produtos do Mar da Noruega prepara-se para uma nova realidade com a reabertura do país

A Indústria dos Produtos do Mar da Noruega, a segunda maior exportadora do mundo, manteve-se totalmente operacional durante todo o período de confinamento, por se tratar de uma atividade essencial.

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  • 22:02 | Terça-feira, 28 de Abril de 2020
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O governo Norueguês começou, cautelosamente, a reabrir vários setores da sociedade após ter entrado na fase de recuperação da propagação do Coronavírus, graças às medidas eficazes que foram tomadas. Escolas, creches, consultórios de fisioterapia e cabeleireiros, que estiveram fechados desde 12 de Março, estão autorizados a reabrir desde que cumpram as medidas impostas para o controlo da propagação do vírus.

A Indústria dos Produtos do Mar da Noruega, a segunda maior exportadora do mundo, manteve-se totalmente operacional durante todo o período de confinamento, por se tratar de uma atividade essencial. No entanto, à medida que a Noruega emerge do surto da Covid-19, as empresas de produtos do mar enfrentam um mercado muito diferente daquele de há apenas dois meses.

Adaptação às mudanças nas necessidades dos consumidores

“A pandemia causou alterações massivas no comportamento dos consumidores e provocou mudanças nos hábitos alimentares e de consumo que provavelmente durarão muito mais do que qualquer confinamento. A Indústria dos Produtos do Mar da Noruega tem-se mostrado ágil e está a adaptar-se a novas formas de trabalho e a responder às novas necessidades dos consumidores”, afirma Renate Larsen, CEO do Norwegian Seafood Council. Uma das principais mudanças foi o crescimento do setor do retalho e das compras on-line, uma vez que as pessoas, um pouco por todo o mundo, estão a cozinhar e a fazer as suas refeições em família nas suas casas.


No retalho, regista-se uma maior procura por produtos de conveniência e produtos do mar já preparados, bem como com prazos de validade mais longos, congelados, secos e salgados.

“Acreditamos que muitas das mudanças às quais assistimos agora poderão permanecer a longo prazo. Os consumidores estão a habituar-se às compras online e podem chegar à conclusão que preferem cozinhar em casa”, refere Renate Larsen. “Esta poderá ser, na verdade, uma oportunidade para os produtos do mar, pois as pessoas querem, cada vez mais, adotar um estilo de vida mais saudável e ambientalmente mais consciente. Ao mesmo tempo, não há dúvidas de que a redução do poder de compra será um desafio para muitos daqui para a frente”.

A indústria e o mercado global provam resiliência durante a crise

De um modo geral, as exportações norueguesas de produtos do mar têm decorrido de forma relativamente estável durante a crise causada pelo Coronavírus, para além de alguns desafios logísticos, especialmente no que diz respeito ao transporte aéreo. Todas as partes que compõem a indústria norueguesa e os seus parceiros de processamento mantiveram-se operacionais durante o confinamento. nomeadamente as autoridades de segurança alimentar e as equipas que desenvolvem o trabalho de pesquisa vital para previsões de capturas futuras e outros indicadores relevantes.

“Naturalmente ainda é um momento muito desafiante para muitos, e há inúmeros obstáculos no horizonte a serem ultrapassados, mas esta crise tem-nos mostrado que a Indústria dos Produtos do Mar da Noruega e o sistema do mercado global funcionam, também em crise”.

“Tenho orgulho de fazer parte de uma indústria que se esforça para encontrar formas de trabalho durante um período sem precedentes. O espírito de colaboração e a iniciativa demonstrada pelos pescadores, processadores, trabalhadores do transporte, entidades reguladoras e todos os que fazem parte da jornada dos nossos produtos do mar, desde os fiordes até ao garfo, tem sido inspirador”, termina Renate Larsen.

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