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Estudo conclui que o coronavírus não afeta a reserva ovárica das mulheres

Nesse sentido, e com base na presença de recetores do vírus SARS-CoV-2 no ovário, há uma pergunta que se afigurava como obrigatória para os especialistas em fertilidade: a reserva ovárica da mulher pode ser afetada após a infeção por COVID-19? O estudo dos investigadores do IVI vem responder a esta pergunta.

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    • 13:23 | Sexta-feira, 14 de Maio de 2021
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    Apesar da magnitude avassaladora desta pandemia e da sua prevalência mundial, os efeitos reprodutivos da COVID-19 não estão ainda totalmente esclarecidos. Com o retomar das atividades dos centros de reprodução assistida, torna-se prioritário estudar a realidade reprodutiva das pessoas infetadas pelo coronavírus.

    Nesse sentido, e com base na presença de recetores do vírus SARS-CoV-2 no ovário, há uma pergunta que se afigurava como obrigatória para os especialistas em fertilidade: a reserva ovárica da mulher pode ser afetada após a infeção por COVID-19? O estudo dos investigadores do IVI vem responder a esta pergunta.

    “De maio a junho de 2020, convidámos 46 doentes das nossas clínicas IVI a participar neste estudo, depois de terem vencido o coronavírus. Todas elas tinham estudo prévio da hormona anti-mulleriana (AMH) com 6 meses de antecedência, no máximo. Os resultados desta pesquisa foram muito positivos, mostrando que a transmissão desta doença não afeta o estado da reserva ovárica. Por isso, podemos estar convictos de que as hipóteses de sucesso no tratamento reprodutivo permanecem intactas”, explica a Dra. Catarina Godinho, ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução do IVI Lisboa.

    As mulheres participantes no estudo foram divididas em dois grupos, de acordo com os níveis prévios de HAM: níveis baixos (16 doentes), com média de idades de 38,6 anos; e níveis normais a elevados (30 pacientes), com média de idades de 34,7 anos. Em nenhum dos dois grupos foi possível concluir que a doença pudesse afetar a diminuição da reserva, o que é encorajador para as mulheres que já antes de terem sido infetadas com COVID-19 tinham uma reserva ovárica baixa.


    “Embora os resultados suscitem grandes esperanças para as mulheres que tiveram COVID-19, no que diz respeito às previsões reprodutivas, são necessários mais dados para tirar conclusões definitivas, por isso será essencial aumentar o tamanho da amostra para verificar se os resultados permanecem nesta linha”, conclui.

     

    https://ivi.pt/ – http://www.rmanj.com/

     

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