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A tradicional Festa da Castanha decorreu nos dias 25, 26 e 27 deste mês, na sua XXXIIª edição.
Na sexta-feira, às 18H30, com a chegada do ministro da Agricultura e Pescas, João Manuel Fernandes e na companhia de quatro dezenas de autarcas de diversos pontos do país, inaugurou-se o certame, que contou com primorosa e rigorosa organização.
O presidente da edilidade, Carlos Santos, como anfitrião, deu as boas vindas e passou a palavra ao ministro que, entre elogios àqueles territórios ali representados pelos seus autarcas, explanou quais as políticas do governo vigentes e a vigorar, desde os subsídios aos produtores afetados pelos incêndios e tempestades até à política de regadio, entre outras…
De seguida, um por um, José Manuel Fernandes, visitou as dezenas de stands ali presentes, trocando palavras com os produtores de castanha, de mel, de fumeiro, de vinho, etc.
Seguiu-se um jantar convívio onde pontificaram os produtos regionais com evidência para a castanha, desde as entradas, à sopa, ao prato principal e às variadas sobremesas
Uma palavra para a ESPROSER, Escola Profissional de Sernancelhe que, sob a batuta afinada da sua diretora, Ana Chaves, e dos docentes e alunos da área de Turismo e de Hotelaria, confeccionaram e serviram as refeições para os convidados e para os visitantes, com uma qualidade e aprumo superiores, denotando um profissionalismo digno de ombrear com os melhores restaurantes, ademais num contexto destes em que foram servidas milhares de refeições nos diversos dias.
Música e animação também não faltou pela noite fora.
Foi a manhã do dia seguinte dedicada à cerimónia evocativa dos 900 Anos do Foral de Cernonceli, 1124/2024.
A outorga deste foral (1124) é anterior à fundação de Portugal, 1143, fazendo de Sernancelhe, terra do Marquês de Pombal e de Aquilino Ribeiro, uma das terras mais antigas de todo o Portugal.
A cerimónia decorreu no Auditório Municipal repleto de interessado público e começou com as boas vindas endereçadas pelo presidente da Câmara, Carlos Santos, e com a apresentação do ilustrativo vídeo “Sernancelhe, 9 séculos de História.
Numa dramatização dos alunos do Agrupamento de Escolas local, representou-se “Leitura do Foral”.
Seguiram-se o primeiro palestrante, Paulo Almeida Fernandes, professor na faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, que proferiu a comunicação “O Foral de Sernancelhe e as origens do Reino de Portugal”, uma interpretação musical de inspiração medieval pelo Conservatório de Música Regional de Ferreirim, a apresentação de uma pintura de homenagem aos 900 Anos do Foral, da artista Lara Flora, e a Cerimónia de Obliteração do Inteiro Postal do CTT, dedicado ao Foral de Sernancelhe.
Interveio Raul Moreira, o responsável dos CTT pela emissão de selos, tendo José Ribeiro e Castro, presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, apresentado a sua intervenção “Forais da Fundação – Municípios de Portugal”, encerrando-se este painel de oradores com a intervenção do presidente da CCDR-N, António Cunha.
A cerimónia concluiu-se com a actuação da artista Julieta Silva, que apresentou o concerto Ecos de Bandarra à Bandurra, com trovas de Gonçalo Anes Bandarra.
Durante a tarde, veio ainda a Sernancelhe Isaltino Morais, o presidente da câmara municipal de Oeiras, prestar o seu tributo à martaínha, a rainha das castanhas.
De permeio com o já referido, decorreu o Trial e Caminhada “Rota da Castanha e do Castanheiro, o concurso da Melhor Castanha DOP – Soutos da Lapa e o concurso do Melhor Doce de Castanha.
No dia de hoje, 27, a manhã começou com o 16º Passeio BTT “Rota do Castanho e do Castanheiro”, que juntou dois milhares de entusiastas vindos de todo o país.
O município de Sernancelhe, por mãos dos seus sucessivos autarcas, José Mário Cardoso, Carlos Silva Santiago e Carlos Santos, souberam criar e manter vivo com uma dinâmica crescente, um evento dedicado a um dos seus três ex-libris, a Castanha Martaínha – os outros são Aquilino Ribeiro e o Santuário Mariano da Lapa – que se tornou um incontornável sucesso atraindo milhares de forasteiros e dando um forte incentivo e dignificação a este fruto que hoje, com os seus produtores e as dezenas de toneladas colhidas e vendidas, se tornou, também, uma riqueza para o concelho, com uma faturação de 6 milhões de euros.
Parabéns a toda a equipa que estruturou, concebeu, implementou e “construiu” mais esta festa…
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