Menor número de incêndios, menor área ardida e menos vidas humanas a lamentar.
Investidos 316 milhões de euros, dos quais 46% em prevenção
Até ao final de 2021, 80% dos 97 projetos do Programa Nacional de Ação estavam em curso
Foram atingidas 60 das 128 metas previstas
O número de incêndios passou para metade, face à década anterior ,e nos dias de maior risco o número de incêndios reduziu face a dias homólogos da década
Uso do fogo continua a ser a principal causa de incêndios rurais
As Zonas de Intervenção Florestal e Baldios já representam 2,3 milhões de hectares
É necessário aumentar o esforço na gestão de vegetação em territórios sob gestão privada, envolvendo e motivando os proprietários
93% de incêndios extintos em ataque inicial
A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) entregou dia 9 de Junho na Assembleia da República o “Relatório de Atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais – 2021”.
Portugal investiu 316 milhões de euros na gestão do risco de incêndio rural, não contabilizando o envolvimento da administração local e dos proprietários. Este investimento foi mais 9% do que em 2020 e representa uma distribuição de 46% em prevenção e 54% em supressão.
Até ao final de 2021, foram desenvolvidos 78 dos 97 projetos do Programa Nacional de Ação (PNA), colocando em 80% o nível de projetos em curso, com 60 das 128 metas previstas para o ano a serem atingidas em 2021.
No ano passado, a gestão de vegetação foi realizada em cerca de 88 000 hectares, mais 25% que em 2020 sendo o valor mais elevado até à data. O objetivo são 300 000 hectares/ano a atingir em 2026. Sendo a larga maioria das áreas a gerir detidas por privados, é essencial a sua mobilização.
A agregação de proprietários por via das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem representou 2,5% dos espaços florestais, enquanto as Zonas de Intervenção Florestal e Baldios já representam 2,3 milhões de hectares, localizados a norte do Tejo e com uma expressão que representa quase 50% das áreas a intervencionar.
Foi elaborado e entregue o Plano Nacional de Qualificação SGIFR com a definição dos parâmetros para desempenhar funções no Sistema e em paralelo, foi concluída a formação de perfis prioritários através da ANEPC/Escola Nacional de Bombeiros, GNR e IPMA, com mais de 64 000 horas e 5 700 agentes SGIFR formados. Para além da capacitação conjunta, a GNR formou 155 Guardas Florestais, o ICNF recrutou e formou 40 elementos para a Força de Sapadores Bombeiros Florestais e recebeu da AGIF, cerca de 36 técnicos superiores com formação especializada em gestão do fogo rural, planeamento, gestão de projetos e liderança.
Os cidadãos mostram-se sensibilizados para a gestão da vegetação em torno das suas habitações, e o programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, após as limitações da pandemia exibiu em 2021 um ligeiro crescimento, com 2 064 aldeias abrangidas – mais 76 (+4%) do que em 2020.
Em 2021, o dispositivo de supressão definido pela ANEPC foi reforçado com mais bombeiros e sapadores, que representam igual proporção, com cerca de 12 000 elementos, dos quais 69% já são profissionais. Num processo já consolidado, os 59 meios aéreos foram geridos pela Força Aérea.
Houve uma diminuição dos impactos dos incêndios rurais com menos vidas humanas a lamentar (6), menor número de incêndios (8 223) e menor área ardida (28 415 ha).
Superando o previsto no Programa Nacional de Ação do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, 93% dos incêndios foram extintos em ataque inicial e com um tempo médio de chegada ao teatro de operações de 16 minutos. A taxa de reacendimentos viu o seu valor fixar-se em 2%, valor favorável abaixo da meta dos 5%.
O “Relatório de Atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais – 2021” encontra-se disponível para consulta no site da AGIF em:
https://www.agif.pt/pt/relatorio-de-atividades-sgifr-2021