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Segundo os vereadores do PS na autarquia de Viseu, os MUV, Mobilidade Urbana de Viseu, pelouro a cargo do vereador João Paulo Gouveia, continuam com falhas no seu serviço que comprometem a sua eficácia e põem em causa as medidas profilácticas sanitárias da DGS. Deixamos as suas acusações…
“Para além da já conhecida e admitida sobrelotação pontual dos autocarros, verificam-se outras situações críticas do controlo sanitário, higiene e desinfeção no MUV (Mobilidade Urbana de Viseu) que podem comprometer a prevenção eficaz da propagação da COVID-19 nos transportes públicos de Viseu.
Durante o seu circuito diário, os autocarros não sofrem limpeza, muito menos desinfeção. Mesmo no final do circuito diário é muito questionável a limpeza. Não são conhecidas operações de descontaminação-desinfeção. Estava prevista apenas uma desinfeção semanal. Deixou de haver o selo da certificação da limpeza-desinfeção nos autocarros. Não há uma proteção de acrílico a separar os motoristas dos passageiros. Não há álcool-gel à entrada dos autocarros.
Efetivamente, continuam a verificar-se autocarros sobrelotados na horas de ponta. Como os vereadores do PS constataram, os desdobramentos de horários para colmatar a situação só passam nas estradas nacionais e não em todo o trajeto da respetiva linha.
A maioria dos principais sistemas de transporte públicos suspenderam a venda de bilhetes no autocarro ou reduziram o custo dos títulos de transporte pré-comprados, minimizando assim contactos diretos entre os motoristas e os passageiros. Em sentido contrário, em Viseu, reduziu-se o preço do bilhete adquirido no autocarro, certamente para propagandear uma redução dos custos de transporte, na verdade praticamente inconsequente.
De facto, o MUV continua com falhas significativas que comprometem o sucesso propagandeado pelo Executivo PSD.
Por exemplo, continuam a verificar-se problemas sérios nas linhas, trajetos, pontualidade e horários; a nova Interface de Transportes junto ao Hospital, não está a surtir o efeito pretendido; faltam horários e abrigos nas paragens; já não há internet nos autocarros; há vários autocarros de idade avançada em operação, não oferecendo condições de aquecimento, conforto e acessibilidade; os dois autocarros elétricos, sempre sem aquecimento para poupar energia, têm uma autonomia reduzida, o que tem causado grandes constrangimentos; os Gulliver – Mini Autocarros elétricos da Linha Violeta – já estão completamente desatualizados e têm uma utilização insignificante, encurtando até o circuito original p.e. já não vão ao Hospital; a aquisição e renovação de títulos de transportes é pouco prática; não se verifica qualquer integração com redes de mobilidade suave; continuam a não estar implementadas diversos modos de transporte e valências prometidas para o MUV, incluindo o transporte a pedido para as freguesias periféricas; o Funicular está parado, não sendo substituído pelo propagandeado veículo elétrico autónomo Viriato; a intermodalidade entre as linhas municipais e intermunicipais com os circuitos urbanos C1 e C2 não tem uma operacionalização prática; não está implementada a aplicação móvel; o website não tem serviços disponíveis; não há ainda uma Plataforma da Mobilidade e Bilhética Integrada; não há informação da rede em tempo real, para gestão e monitorização da rede e informação dos passageiros; não há divulgação da rede MUV, através de mapas, folhetos informativos; etc.”
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