As restrições impostas pelo contexto pandémico fizeram disparar as compras online e fazem da Black Friday 2020 a mais digital de sempre.
Para ajudar os portugueses a fazerem compras seguras na sexta-feira mais louca do ano, e no âmbito da campanha #NãoSejasPato, o Portal da Queixa disponibiliza um Guia de Compras para todos os consumidores, onde reúne as principais e mais atualizadas dicas de boas práticas de consumo. Tudo o que o consumidor precisa de saber, para “não cair que nem um patinho” durante esta Black Friday.
GUIA DE COMPRAS EM SEGURANÇA:
1. Atenção ao acesso à internet
Para aceder a lojas online, seja através do computador ou do telemóvel, é essencial ter em atenção se estamos conectados a uma rede fidedigna. Portanto, tenha maior cuidado com os pontos de acesso públicos à internet, como por exemplo os centros comerciais, os transportes públicos ou restaurantes. Através da ligação à internet, por via de uma rede que não é sua, saiba que pode estar a fornecer o acesso às suas contas bancárias e permitir a instalação de pequenos fragmentos de código conhecidos como Trojan Horse (cavalo de Troia), que passam a controlar o seu equipamento em modo fantasma, sem que se aperceba. Opte sempre por aceder através de dados móveis, quando pretende efetuar uma compra online.
2. Distinguir um site fidedigno de um falso
Este talvez seja o maior desafio do comum dos consumidores. É um processo de análise que requer alguma experiência, conhecimento e perícia. O ideal será sempre optar por lojas online de reconhecida idoneidade, contudo mesmo optando pela marca mais conhecida, não somos alheios ao engano. É fundamental ter em atenção às variações nos nomes dos URL (endereço do site), muitas vezes há trocas acidentais de letras nos nomes das lojas para enganar os visitantes, ao escrevem mal os nomes das lojas. Por exemplo, trocarem o nome de www.worten.pt para www.wortem.pt.
Procure sempre pelo certificado de segurança do site, que se encontra ao lado do endereço (URL) sob forma de um cadeado, acompanhado pelo protocolo de acesso https://, onde a letra “s” representa que o site é seguro. De salientar que os certificados podem ser adquiridos com dados falsos, contudo é sempre mais uma barreira que os criminosos têm de ultrapassar.
3. Pesquisar sempre antes de comprar
A pesquisa é hoje em dia, a maior arma ao alcance dos consumidores para evitarem ser enganados. Além de gratuita, serve para eliminar potenciais burlas, através da partilha de experiências de outros consumidores e pode ser efetuada tanto pelos motores de pesquisa como o Google, como por plataforma de partilha entre consumidores como o Portal da Queixa e assim, evitar cair que nem um patinho nas armadilhas online.
A capacidade de pesquisar antes de comprar, pode ser altamente lucrativa na comparação de preços de venda. Com o constante aumento da oferta através da internet, é normal encontrar preços diversos para o mesmo produto. O acesso a plataformas como o KuantoKusta, podem representar uma enorme redução do custo de aquisição da sua compra, além de lhe conferir mais confiança na escolha do vendedor.
Procure sempre pelos dados do vendedor, como a morada, a designação social e um telefone fixo. No caso da compra não correr como esperado, sem estes elementos não conseguirá no futuro identificar o proprietário do negócio e salvaguardar os seus direitos enquanto consumidor. A maioria das lojas online no Facebook e Instagram, são de vendedores particulares, por isso, opte sempre por comprar a empresas devidamente registadas.
4. Ler sempre com atenção os termos e condições de venda
Antes de avançarmos para o carrinho de compras, é essencial estar atentos às políticas de devolução praticadas pela Loja Online de forma a evitar surpresas quer com o processo logístico quer com a restituição dos valores pagos. Os CTT, que são responsáveis por mais de 50% da entrega das encomendas em Portugal, aconselham que verifique sempre os prazos de entrega antes de comprar, para ter a certeza que a sua encomenda chega no tempo expectável. Lembre-se que dispõe de 14 dias para devolver o produto em caso de arrependimento, no entanto, deve de estar a par das condições de devolução, para que não lhe cobrem os custos de envio.
5. O mais importante: o pagamento
Utilizar um método de pagamento seguro, rápido e de fácil identificação é essencial para reduzir o risco de tornar a compra num pesadelo. A transferência bancária continua a ser a forma mais segura de fazer um pagamento, pois identifica o nome do titular da conta para quem está a transferir dinheiro (daí que seja tão importante saber o nome da empresa por detrás da loja onde está a comprar). No entanto, como este é um processo que o obriga a deslocar-se a um terminal de pagamento na rua, existem outras opções muito seguras e mais confortáveis:
a. o pagamento por referência multibanco é bastante fácil de utilizar e não obriga ao fornecimento de dados pessoais. A euPago, entidade de gestão de referências bancárias aconselha sempre que antes de pagar, se certifique que os dados do vendedor são fidedignos ao pesquisar pelas referências fornecidas;
b. o pagamento por Paypal pode representar uma vantagem em caso de litígio, tendo em conta que pode abrir uma disputa junto deste, com vista a ser ressarcido do seu valor;
c. com mais de 2 milhões de utilizadores, o MB WAY é uma das formas mais tecnológicas e seguras de efetuar pagamentos interbancários para compras online. Além de permitir gerar cartões de crédito virtuais, que eliminam o roubo de dados, permite também transferências imediatas, com vista a tornar o processo de compra mais rápido e eficaz. Contudo, deve ter em conta nunca partilhar o seu PIN do MB WAY, nem como forma de pagamento, nem como garantia. O seu PIN (código de acesso de 6 dígitos) é pessoal e intransmissível e a sua divulgação permite a realização de operações na sua conta bancária;
d. os pagamentos contra entrega, permitem que os artigos sejam pagos somente no ato da entrega, o que torna todo o processo mais seguro. No caso de efetuar a compra diretamente a particulares, através das redes sociais ou de plataformas como o OLX, deve ter especial atenção para utilizar apenas este meio de pagamento, por forma a garantir que recebe a encomenda – por esse motivo, a plataforma criou uma solução mais adequada para envio, ou receção dos artigos, através do CTT expresso e-commerce.
6. O dia de receber a encomenda!
Ao receber a sua encomenda certifique-se sempre que a embalagem não foi violada ou se verificar que está danificada, tem duas opções:
a. rejeitar a encomenda e declarar na guia de transporte ao estafeta que “Não recebi a encomenda porque a embalagem está danificada”. Tire uma fotografia, onde seja possível visualizar o código da encomenda e contacte de imediato a loja onde efetuou a sua compra;
b. receber a encomenda fazendo a mesma ressalva na guia que o estafeta lhe pede para assinar. Fotografe a embalagem antes de abrir e o conteúdo em vários ângulos. Após verificar o estado dos produtos, entre em contacto com o vendedor no máximo no prazo de 24h. Em ambos os casos, convém guardar todas as comunicações com o vendedor (emails, fotografias, telefonemas, etc).
7. Partilhe a sua experiência com outros consumidores
A partilha é fundamental para aumentar o conhecimento e a segurança junto de outros consumidores que irão certamente procurar por experiências como a sua, antes de decidirem comprar. Além dessa vantagem, as avaliações de satisfação são um importante mecanismo, para as marcas melhorarem os seus processos de venda e atendimento ao cliente. Sem eles, não é possível ter uma real perceção do estado do mercado.
Caso seja um caso de burla ou fraude informática, faça SEMPRE a queixa às autoridades policiais como a GNR ou a PSP.
“O objetivo principal é ajudar a aumentar o conhecimento e a capacidade dos consumidores portugueses, comprarem em segurança através da internet, tendo em conta a conjuntura atual, devido à pandemia de Covid-19, onde a maioria dos cidadãos foi obrigada a transitar dos canais físicos e tradicionais, para o mundo digital sem deter o nível de experiência suficiente para contornar os perigos que espreitam a cada clique. Enquanto comunidade online de consumidores, entendemos ter o dever de contribuir para uma sociedade mais consciente e informada, onde todos os intervenientes participam na construção de um ecossistema de consumo justo e equilibrado.”, explica Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa e líder do movimento #NãoSejasPato.
Campanha #NãoSejasPato
Atento à nova sociedade digital que está a emergir e a pensar na defesa dos consumidores portugueses, o Portal da Queixa lançou a campanha #NãoSejasPato que pretende aumentar a literacia digital da população e evitar que caia em burlas e esquemas fraudulentos. Este movimento cívico de combate à iliteracia digital conta com a adesão de várias entidades como: OLX, MB Way, Worten, CTT, KuantoKusta e euPago.
A plataforma lúdica – www.naosejaspato.pt -, foi idealizada para atrair a atenção das várias faixas etárias e sociais, com vista a garantir que o conhecimento é adquirido por toda a sociedade de consumo a fim de evitar que caia em esquemas fraudulentos, lesando o seu património. A plataforma disponibiliza um jogo – um quiz formulado pelas marcas que aderiram à campanha -, permitindo aos visitantes que, de uma forma inclusiva e divertida, façam um teste de conhecimento acerca das boas práticas de compras através da internet. A campanha conta com a adesão de várias entidades e terá a duração de um ano.
Sobre o Portal da Queixa:
O Portal da Queixa é uma plataforma global de comunicação entre consumidores e marcas que foi fundada em junho de 2009. Hoje, posiciona-se como a maior rede social de consumidores e marcas do país, sendo uma referência nacional em matéria de consumo e um Marketplace de reputação.
O Portal da Queixa é visitado por mais de 2 milhões de consumidores mensais e recebe em média 15.000 reclamações por mês. Tem mais de 500.000 utilizadores registados e 8.200 marcas estão presentes na plataforma.
A maioria das pessoas procura a plataforma para comunicar diretamente com outros consumidores, marcas e entidades públicas, bem como, para compararem marcas com base no Índice de Satisfação. Mais de 90% dos visitantes do Portal da Queixa, não efetua uma reclamação, pesquisa informações sobre uma marca ou serviço antes de procederem à decisão da compra final.
O crescimento exponencial e a consolidação do Portal da Queixa como um dos principais influenciadores nacionais em matéria de consumo, permitiu alcançar um novo posicionamento ao internacionalizar a sua plataforma para mercados com Espanha (Libro de Quejas) e África do Sul (Complaints Book), através do lançamento da sua marca global: Consumers Trust.