Os 19 presidentes da CIMDOURO estiveram reunidos esta manhã, por vídeo conferência, tendo por unanimidade, contestado o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Os autarcas entendem que neste documento não foram levadas em linha de conta as necessidades, planos estratégicos e de desenvolvimento da CIM Douro, conhecidos do Governo, condenando as aspirações das mais de 200 mil pessoas desta região e de todo o Interior de Portugal.
Depois de a CIM Douro ter apresentado ao Governo, em 2017, o seu Plano Estratégico para a década de 2020/2030, e de ter manifestado junto da Assembleia da República e da União Europeia as prioridades de investimento (Linha do Douro; IC 26; e Douro Inland Waterway) para que o Douro pudesse retomar um processo de crescimento económico sustentável e convergisse com o País e com a Europa, o PRR agora conhecido é uma fraude e uma ilusão, concentrando os investimentos concretos e de futuro no Litoral e esquecendo as grandes prioridades para que o Douro pudesse recuperar décadas de esquecimento e desinvestimento a que foi votado.
As regiões do interior foram totalmente esquecidas neste plano estratégico para o País e o PRR é uma inimaginável ação de manipulação onde o Governo não disfarça a sua perigosa tendência centralizadora.
Segundo os autarcas, a dívida que o Primeiro-ministro disse publicamente ter para com o Interior de Portugal não é saldada com este PRR. Pelo contrário, é agravada, pois esta era a última oportunidade de que dispunha para inverter o ciclo demográfico negativo que vivemos, o isolamento que nos impede de crescer e ser competitivos, e para implementarmos investimentos essenciais ao nosso presente e ao futuro de quem aqui vive, trabalha e cria empresas.
A CIM do DOURO integra os concelhos de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Moimenta da Beira, Penedono, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real.