Foi no dia 2 de setembro de 2001 que, por iniciativa do Município de Castro Daire, sob a presidência do Sr. João Matias, e com o apoio de todo o executivo, se inaugurou o Centro Municipal de Cultura, que integra a Biblioteca e Auditório Municipais.
Erigida a infraestrutura, na zona mais alta da vila, no lugar conhecido como Quinta da Cerca de Fora, que foi adquirida para o efeito.
Com esta implantação estruturou-se toda a área envolvente à zona mais alta do tecido urbano de Castro Daire, em expansão acelerada para nascente.
Era de absoluta necessidade trazer à vila sede do Concelho o acesso à cultura e o apoio ao desenvolvimento intelectual da população, servindo também de espaço para a realização de eventos, encontros e da presença de entidades que visitam Castro Daire.
Este Centro Cultural acolheu momentos de entretenimento, fóruns, debates e encontros e serviu de “montra” ao Concelho ao longo destes muitos anos que já leva de existência.
À data era notória a falta de espaço, até de trabalho biblioteconómico e cultural, da antiga biblioteca instalada em frente aos Paços do Concelho, em espaço confinado e sem as valências necessárias.
Para esse efeito foi assinado um contrato-programa com o antigo IBL (Instituto da Biblioteca e do Livro), hoje DGLAB (Direção-Geral do Livro, Bibliotecas e Arquivos), tutelada pelo Ministério da Cultura.
Aceite a candidatura, cujas condições de financiamento se mostraram apropriadas à mesma, implicando também, por parte da Câmara Municipal, a responsabilidade na criação de um quadro de pessoal técnico, composto necessariamente por um Técnico Superior de Biblioteca e Documentação, Bibliotecário e por Técnicos Profissionais de Biblioteca, que atempadamente o município o criou que ainda hoje se mantém.
Lançada a primeira pedra entre 1997 e 2001 sob a direção do Vereador da Cultura, Dr. António Giroto, estabeleceu-se um rumo para o projeto com várias valências do que viria a ser o Centro Municipal de Cultura.
Concluídas, no essencial as instalações, tornou-se de absoluta necessidade dar corpo à biblioteca, consubstanciado na aquisição do fundo documental, composto de livros, cd´s e dvd’ s, que foi tratado, catalogado e arrumado, segundo as regras internacionais e nacionais.
Instalou-se também mobiliário e estanteria, equipamentos adequados às funções subjacentes a uma moderna biblioteca.
Procedeu-se à instalação de um sistema informático, formando, naturalmente, toda a equipa técnica, dotando assim a biblioteca de informatização e acesso livre aos computadores.
Ao longo destes anos a Biblioteca serviu, por assim dizer, como “janela” a mostras etnográficas e folclóricas, que fazem parte da cultura da região e de todo o país.
Aqui chegados, passadas duas décadas, merece este aniversário uma reflexão global sobre o papel que cabe a uma biblioteca, designadamente, num concelho do interior, sendo esta um instrumento de políticas públicas da educação e da cultura, cujo papel é cada vez mais relevante.
Este é também um momento de reflexão que deverá ser feito com vagar, ponderação e com o envolvimento de todos, não obstante a velocidade de mudança dos tempos atuais. Agora, neste tempo, que é nosso, são horas de comemorar duas décadas, duas décadas de emoções, duas décadas de atenções, com todos os castrenses e com todos os que nos visitam.
Fazem-se agora votos para que estas comemorações sejam um marco a partir do qual lançaremos o futuro para mais 20 anos, para um serviço de excelência, moderno e que vá ao encontro de todos os castrenses.
Com este objetivo fizeram-se recentemente remodelações na fachada dos edifícios e apetrecharam-se salas com material informático mais atualizado, tendo sido o Vereador Pedro Pontes a liderar o desenvolvimento da política cultural do concelho.
Com este desígnio pretende-se fazer, do Centro Municipal de Cultura uma referência, para ombrear com os melhores projetos e estar sempre à altura dos desafios que a cada dia chegam até nós, encarando juntos o futuro com confiança!
Marta Teles Carvalhal