Cem Palcos, nova estrutura de criação e programação artística dirigida por Graeme Pulleyn, substitui a Nicho Associação Cultural e arranca com a estreia do espetáculo “A verdade tem três bocas”.
Foi apresentada esta quinta-feira a Cem Palcos, nova estrutura de criação e programação artística dirigida por Graeme Pulleyn, que substituirá a Nicho Associação Cultural. A lógica e filosofias da Cem Palcos são, no entanto, mais de reforço e ampliação do que de rutura com o trabalho desenvolvido até agora.
É este manifesto de intenções que se vê plasmado na programação da Cem Palcos para este ano de 2022 que foi também apresentada. Dela fazem parte um conjunto de propostas que inclui várias estreias, mas também a continuidade de projetos anteriores.
No grupo das novidades, cabe destacar a primeira criação nascida no âmbito desta nova estrutura: “A verdade tem três bocas”, com estreia marcada para o próximo dia 13 de maio na Incubadora do Centro Histórico – Viseu, onde vai estar em cena até ao dia 15 com sessões diárias para o público em geral, e no dia 16 com uma apresentação para público escolar.
Trata-se de uma encenação do texto da holandesa Hanneke Paauwe, composto por três monólogos que se vão intercalando ao longo do espetáculo. A encenação de Graeme Pulleyn coloca em cena este trio de personagens que representam, afinal, três histórias diferentes que correspondem, por sua vez, a outras tantas versões de uma só verdade.
Esta primeira proposta da Cem Palcos é financiada pela DGARTES / Ministério da Cultura e pelo Município de Viseu – Programa Eixo Cultura.
Por outra lado, trata-se de uma co-produção com Lavrar o Mar, Teatrão, Teatro do Noroeste, Teatro Municipal de Ourém e Teatro Sá Bandeira – um leque de parceiros que torna possível a digressão do espetáculo pelos seus respetivos espaços ao longo deste ano, nomeadamente em Santarém, Ourém, Viana do Castelo, Coimbra, Odemira e Leiria.
”A verdade tem três bocas” conta com a interpretação de Diana Sá, Filipa Fróis e Ricardo Augusto; Gonçalo Alegre assina a criação e direção musical, e João Doce é o responsável pela percussão; a cenografia e os figurinos estão a cargo de Cláudia Ribeiro; e o desenho de luz é de Cristóvão Cunha.