Na última reunião do executivo camarário viseense, os vereadores do PS questionaram Fernando Ruas sobre a diminuição do subsídio atribuído à AHBVV de 40.000 €, em 2022, quando no ano anterior, em 2021, foi de 75.000 €.
Exaltaram-se os ânimos e na sequência da controvérsia veio Carlos Costa, o presidente da AHBVV, a terreiro dizer que o valor é “semelhante ao dos outros anos”.
Mas, analisando os documentos – que são mais fiáveis e fidedignos do que as palavras – verifica-se de facto a referida disparidade de montantes.
Então em que ficamos? 75 mil são a mesma coisa que 40 mil? Decerto que não.
Estamos perante pessoas cuja seriedade está acima de qualquer suspeita. Por isso, mais do que um mero jogo de ping-pong com a bola a saltar de campo em campo, conviria que, com clareza e sem quaisquer ambiguidades, esta diferença – que Carlos Costa diz não existir – fosse cabalmente dilucidada.
Poderá a AHBVV ter recebido o remanescente noutra rubrica? Qual? Terá sido contabilizada, por exemplo, a prestação de serviços de segurança na Feira de S. Mateus, à Viseu Marca? Mas, a prestação de um serviço não é subsídio, ou estaremos enganados?
Entretanto, sempre poupado e coerente, Fernando Ruas atribui verba de 68 mil € à Quinta da Malafaia, nas Antas, em Esposende, onde vai, e bem, levar os idosos do Concelho a passear e a usufruir de um arraial minhoto, enquanto em contra ciclo, as Obras Sociais de Viseu, Centro de Apoio às Pessoas com Alzheimer e outras Demências se queixam “de falta de apoio”.
Prioridades do executivo? Quais os efeitos que na prática teria a atribuição destes 68 mil € a esta entidade? Mas, claro está, nada temos contra a “política do folguedo”, ademais se for provado que ela atrasa o Alzheimer e outras demências, tão infeliz e inexoravelmente sintomáticas da 3ª idade.