A resposta à crise pandémica exige a manutenção da capacidade de resposta às necessidades da população através da prestação de serviços públicos, nomeadamente o de mobilidade urbana.
Uma visão séria e estratégica para esta componente essencial da resposta à crise não pode deixar de passar pela reposição integral das linhas; na criação de desdobramentos para os horários com maior afluência de utentes; e no cumprimento escrupuloso das normas sanitárias.
A garantia destas condições de segurança é determinante na redução dos riscos de infecção dos utentes que não podem prescindir deste serviço, e na confiança da população em geral, para que possa contar verdadeiramente com esta solução.
Esta é uma das preocupações principais do Bloco de Esquerda Viseu desde o início da crise. A partir de Maio, com o fim do confinamento generalizado para muitos sectores da sociedade, o Bloco identificou variadas situações de incumprimento: sobrelotação de viaturas; a não reposição de linhas; a inexistência de desdobramentos que deixava pessoas apeadas nas paragens. Desde então, o partido não deixou de acompanhar a situação no terreno, recebendo denúncias e questionando e alertando o Município de Viseu insistentemente, sobretudo aquando de momentos determinantes como o regresso dos alunos às escolas ou a reabertura do serviço de consultas dos estabelecimentos de saúde.
A persistência do Bloco de Esquerda de Viseu parece agora colher alguns resultados. O Município anunciou no passado dia 8 de Novembro que iria proceder à reposição da totalidade dos horários das linhas urbanas (C1 e C2) e do STOP BUS (linha Centro Histórico), e alterar os horários de algumas linhas de grande afluência, já existindo também alguns desdobramentos.
O Bloco de Esquerda Viseu reconhece estes esforços mas não desiste de exigir a reposição da totalidade das linhas, bem como a criação de mais desdobramentos sempre que necessários – sobretudo nas carreiras matinais, responsáveis pelo transporte de centenas de alunos.
O partido alerta também para a necessária eficácia da fiscalização das normas sanitárias, inclusivamente através da operação da Polícia Municipal recentemente anunciada, uma vez que tem verificado e recebido denúncias frequentes do incumprimento da lotação dos autocarros.