Na sequência das imagens que o país assistiu como consequência da conquista do título de campeão nacional, em que foram permitidas aglomerações a milhares de adeptos e muitos sem estarem devidamente protegidos contra os perigos da pandemia, a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) vem por este meio expressar a sua profunda indignação face aos dois pesos e duas medidas aplicados pelo Governo no momento de tomar decisões em relação à indústria do futebol.
“É inacreditável a permissividade concedida a alguns, um pouco por todas as regiões do país, quando andamos há mais de um ano sem poder desenvolver a nossa atividade sob o pretexto de que os concertos, peças de teatro, festivais, e outros tantos eventos, são um risco para a saúde pública. Então como classificaria o Governo àquele espetáculo a que tivemos oportunidade de assistir, sobretudo nas principais artérias de Lisboa, através de todas as televisões? ”, questiona Pedro Magalhães, Presidente da APSTE.
“O setor da cultura e dos eventos tem sido um dos mais afetados por este tipo de decisões e continuamos a atravessar uma espécie de período probatório em que, para podermos trabalhar, somos constantemente alvo de testes-piloto extremamente rigorosos. Já o futebol, sobretudo depois de vermos as imagens dos últimos dias, parece viver numa realidade paralela, em que tudo é permitido, sem prejuízo do que daí possa advir”, conclui Pedro Magalhães.