Altice manda para casa grávidas e doentes oncológicos

A Altice Portugal intensificou o seu plano de contingência para fazer face ao surto de Covid-19, com a implementação de teletrabalho para “grávidas e doentes oncológicos ativos”, de acordo com um comunicado hoje divulgado.

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  • 21:06 | Terça-feira, 10 de Março de 2020
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Esta medida da empresa, dona da Meo, vai incluir ainda outros doentes crónicos “pertencentes a grupos considerados de maior vulnerabilidade por baixa imunidade”, lê-se na mesma nota.

A Altice decidiu ainda criar e identificar “salas de isolamento em edifícios onde se justifique, a serem ativadas em caso de necessidade” e implementar um “gabinete de crise de operações com definição de plano de serviços mínimos indispensáveis a acionar assim que se justifique”.

O grupo reforçou também a sua equipa de saúde no trabalho, com “a integração de novos médicos especialistas adequados ao atual contexto”.


Em termos operacionais, a empresa adiou a “realização de eventos públicos” e de viagens aéreas e reduziu “ao estritamente indispensável” a participação “da equipa de gestão da Altice Portugal em iniciativas públicas e reuniões externas”.

A empresa pretende recorrer a reuniões por videoconferência em vez de presenciais, tendo reforçado o “abastecimento de gel desinfetante e máscaras hospitalares nos edifícios e lojas Meo”.

Além disso, a Altice Portugal está a difundir “em todos os canais internos da empresa” informação “esclarecedora para apoio na identificação dos sintomas relacionados com o Covid-19, bem como informação de medidas de prevenção e outras práticas definidas pela DGS – Direção Geral de Saúde”.

O grupo realçou que “não tem identificado ao momento qualquer caso de contágio” entre os seus trabalhadores.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a DGS.

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

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