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A Junta da União das Freguesias de Mamouros, Alva e Ribolhos dirigiu carta à Infraestruturas de Portugal pedindo que esta reconsidere o projeto de requalificação da EN 2.
O referido projeto, concertado com a Câmara Municipal de Castro Daire, não inclui a requalificação da via romana que se situa logo acima da EN2, em Ribolhos, e que também desabou na tempestade de dezembro.
Com efeito, realça a autarquia que aquela via constitui uma parte da importante estrada romana que ligava Viseu a Lamego por Castro Daire. Ademais, era, até à tempestade, o único trecho daquela estrada de Viseu a Lamego que estava transitável, porquanto havia sido realizada uma requalificação pela Junta de Freguesia, uma vez que aquela constitui uma importante via para todos os que a utilizam.
A comunicação realça ainda que aquele é o ponto onde passava a rota da transumância da Serra da Estrela ao Montemuro e é ponto de passagem do evento “A Última Rota da Transumância”, evento candidato ao concurso 7 Maravilhas da Cultura Portuguesa, sendo também o único evento de recriação da história e das tradições do Município de Castro Daire.
O Presidente da Junta, José Pereira de Almeida, declara ser deplorável que não se procure requalificar aquela via, já que tal significa impedir a realização d’ A Última Rota da Transumância, de esquecer uma importante via da sua Freguesia e de apagar a história da presença romana naquele território.
Da missiva foi dado conhecimento ao Diretor Geral da Direção Geral do Património Cultural, aos Presidentes do Conselho Intermunicipal de Viseu Dão Lafões, da Assembleia Intermunicipal de Viseu Dão Lafões, ao Presidente da Câmara Municipal e à Presidente da Assembleia Municipal de Castro Daire, pedindo a estes que deem conhecimento aos membros dos órgãos a que presidem e que se associem à reivindicação da União das Freguesias de Mamouros, Alva e Ribolhos.
O Presidente da Junta tem esperança de ver a Estrada requalificada pelo traçado original e com as respetivas características, afirmando que não cessará de lutar por aquilo que acredita ser uma causa justíssima de valorização do território e do património cultural.
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