A incúria do município de Viseu

A Mata do Fontelo, já que de espaços verdes falamos, é outro dos casos desta persistente incúria. Uma incúria eventualmente cínica caucionada num real que se quer nobre, que é o da segurança dos utentes.

Tópico(s) Artigo

  • 23:20 | Sábado, 15 de Fevereiro de 2020
  • Ler em 2 minutos

Até já cansa escrever sobre isto, mas…

Por detrás de uma aparente capa de zelosos cuidadores, não só da coisa pública como também do bem-estar dos munícipes, este executivo camarário, cada vez mais indiligente e negligente, mostra à saciedade o seu alheamento de muitos conteúdos funcionais das suas obrigações para com os utentes.

No final de Dezembro, na Quinta do Bosque, a Câmara fechou o acesso pedonal que vai do parque de estacionamento junto ao Hotel Montebelo aos bairros a jusante, onde, diga-se, habitam muitos moradores, muitos estudantes e outros utentes quotidianos daquela passagem/acesso.


Fê-lo alegadamente por uma boa causa e à época justificado “por questões de segurança”, com afixação de um cartaz que imputava as responsabilidades às “presentes condições meteorológicas e às previsões do IPMA de agravamento”.

Vamos entrar em Março e não tarda aí a Primavera. O acesso e o parque continuam encerrados. Provavelmente, o desnorte é de tal ordem e a descoordenação tão gritante que se terão esquecido. Aliás, esquecem-se muito dos munícipes, dos eleitores, sua única razão de existirem.

Festas para alguns. Controvérsias só com alguns (vidé Teatro Viriato e a recente “birra” do Sobrado). Ineficiência para todos. Nestes três itens cabe uma actuação reiterada, continuada, inconsequente nas promessas eleitorais, consequente apenas para uma escassa minoria dos quase 100 mil munícipes do concelho.

A Mata do Fontelo, já que de espaços verdes falamos, é outro dos casos desta persistente incúria. Uma incúria eventualmente cínica caucionada num real que se quer nobre, que é o da segurança dos utentes.

Se os locais apresentam riscos para a segurança deveriam ser intervencionados por forma a obviar a esses alegados riscos. Não encerrando por tempo indeterminado os espaços que, mais do que serem do executivo, são de todos os munícipes. Por isso deveriam ser cuidados, preparados e alvo de uma manutenção zelosa para proporcionar o optimizado lazer e a fruição que, cada vez mais, nos meios urbanos saturados de alcatrão, os espaços verdes garantem, ou deveriam garantir.

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Última Hora