Viver em comunidade…

A autoestima e o respeito por si próprio deviam ser ensinados, desde muito cedo, às crianças, por serem pilares essenciais a uma Vida digna.

  • 9:33 | Segunda-feira, 14 de Junho de 2021
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Na pouca certeza dos dias, abomino crenças indiscutíveis, sejam elas de que natureza forem.

A Ciência, por exemplo, sabe bem quão transitórias algumas verdades são.

Isto para dizer que considero intolerável tanto o popularucho arrogante, como o intelectual presumido.


Ambos afinal são malcriados e deseducam. Um por vã vaidade e despotismo, outro por se considerar no Olimpo dos deuses.

São ambos ridículos.

Inteligente é questionar, ter sempre presente uma atitude de querer saber, com todas as coisas!

As pessoas mais incríveis que conheci e conheço tanto estão bem num palácio como numa taberna.

A autoestima e o respeito por si próprio deviam ser ensinados, desde muito cedo, às crianças, por serem pilares essenciais a uma Vida digna.

Esta dignidade assusta os medíocres que vivem à custa do engano dos Outros.

Quem é livre dificilmente se deixa aprisionar. E a liberdade está na responsabilidade e no saber. No indagar!

Estamos a assistir a actos de mediocridade que ameaçam levar déspotas ao poder, os que ainda lá não chegaram.

Às mais variadas formas de poder.

A cidadania adormece em crise e deixa aviltar a sociedade.

Como sempre, há quem se deixe corromper, e quem tudo faça por um emprego, por uma chefia. Para subir!

Os yes men e as yes women são gente desvertebrada e como tal rastejam. Nada há de dignificante na sua atitude!

Na minha opinião, as manifestações de cultura, como arte, música, literatura, a evolução tecnológica e científica, são o resultado de mentes criativas, que pensam por si próprias.

Tal como todos os direitos humanos, sociais económicos, laborais e políticos até hoje alcançados, são utopias primeiras, de mentes originais e únicas, que alcançaram a existência prática, com lutas sem tréguas, dos que pensaram e pensam por si.

Algo me faz acreditar que sempre haverá gente que dignamente pensa por si própria e tendo respeito por si, ganha a autonomia evoluída no espaço dos Outros, sem os desconsiderar.

Viver em Comunidade não implica, nem deve implicar, diluir-se nela!

 

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