Na pouca certeza dos dias, abomino crenças indiscutíveis, sejam elas de que natureza forem.
A Ciência, por exemplo, sabe bem quão transitórias algumas verdades são.
Isto para dizer que considero intolerável tanto o popularucho arrogante, como o intelectual presumido.
Ambos afinal são malcriados e deseducam. Um por vã vaidade e despotismo, outro por se considerar no Olimpo dos deuses.
São ambos ridículos.
Inteligente é questionar, ter sempre presente uma atitude de querer saber, com todas as coisas!
As pessoas mais incríveis que conheci e conheço tanto estão bem num palácio como numa taberna.
A autoestima e o respeito por si próprio deviam ser ensinados, desde muito cedo, às crianças, por serem pilares essenciais a uma Vida digna.
Esta dignidade assusta os medíocres que vivem à custa do engano dos Outros.
Quem é livre dificilmente se deixa aprisionar. E a liberdade está na responsabilidade e no saber. No indagar!
Estamos a assistir a actos de mediocridade que ameaçam levar déspotas ao poder, os que ainda lá não chegaram.
Às mais variadas formas de poder.
A cidadania adormece em crise e deixa aviltar a sociedade.
Como sempre, há quem se deixe corromper, e quem tudo faça por um emprego, por uma chefia. Para subir!
Na minha opinião, as manifestações de cultura, como arte, música, literatura, a evolução tecnológica e científica, são o resultado de mentes criativas, que pensam por si próprias.
Tal como todos os direitos humanos, sociais económicos, laborais e políticos até hoje alcançados, são utopias primeiras, de mentes originais e únicas, que alcançaram a existência prática, com lutas sem tréguas, dos que pensaram e pensam por si.
Algo me faz acreditar que sempre haverá gente que dignamente pensa por si própria e tendo respeito por si, ganha a autonomia evoluída no espaço dos Outros, sem os desconsiderar.
Viver em Comunidade não implica, nem deve implicar, diluir-se nela!