Viseu e os preconceitos autárquicos

No entanto, o PSD recorre a outras práticas menos convencionais para conquistar ou manter o poder autárquico, veja-se, por exemplo, o caso do Sátão e a frequência com que trocam de cadeiras entre si de 4 em 4 anos presidente e vice-presidente. E podíamos continuar a acrescentar exemplos, como aquele em que o poder autárquico transita entre familiares.

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  • 18:19 | Quarta-feira, 28 de Julho de 2021
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Os dois preconceitos da campanha autárquica viseense:

1- João Azevedo, candidato do PS, não é de Viseu;

2- Fernando Ruas tem mais passado do que futuro.


Este assunto tem funcionado como uma espécie de elefante no meio da sala, pela sua sensibilidade. Tanto um preconceito como o outro não deviam ser dirimidos numa cidade constituída por uma sociedade moderna e inclusiva. No discurso, tanto PS, como PSD local se afirmam inclusivos. Na prática não é bem assim que acontece. No PSD já se ouviram críticas duras por alto responsável político local, sobre o facto do candidato do PS não ser de Viseu. O que não corresponde à verdade, visto que, João Azevedo até é natural de Viseu e residente na cidade, desde algum tempo. Ser inclusivo significa aceitar aqueles que vêm de fora. Acolhê-los como gostaríamos de ser acolhidos se fossemos nós os forasteiros. Isso é que contribuir para a construção de uma cidade e concelho inclusivos ou será que apenas não se aceita João Azevedo, porque se trata de um candidato autárquico que pode fazer tremer o status partidário que governa Viseu há 32 anos.

E se fosse um empresário disposto a investir milhões e a criar uns quantos postos de trabalho, também lhe diriam que não era bem-vindo por ser forasteiro?

O PSD também importa candidatos, quando assim tem necessidade, veja-se, por exemplo, o que se passou com Álvaro Amaro quando ganhou a Câmara da Guarda.

No entanto, o PSD recorre a outras práticas menos convencionais para conquistar ou manter o poder autárquico, veja-se, por exemplo, o caso do Sátão e a frequência com que trocam de cadeiras entre si de 4 em 4 anos presidente e vice-presidente. E podíamos continuar a acrescentar exemplos, como aquele em que o poder autárquico transita entre familiares.

Fernando Ruas tem todo o direito e legitimidade para se candidatar. Na sua idade boa parte dos portugueses quer é saúde para aproveitar a reforma, estar com os netos e passear. Ruas tem outros objetivos e como tal temos apenas de os respeitar.

O que importa mesmo é o que cada um dos candidatos pode fazer por Viseu. E sobre isso a agenda é vasta!

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Publicado em Opinião