Os dois preconceitos da campanha autárquica viseense:
1- João Azevedo, candidato do PS, não é de Viseu;
2- Fernando Ruas tem mais passado do que futuro.
Este assunto tem funcionado como uma espécie de elefante no meio da sala, pela sua sensibilidade. Tanto um preconceito como o outro não deviam ser dirimidos numa cidade constituída por uma sociedade moderna e inclusiva. No discurso, tanto PS, como PSD local se afirmam inclusivos. Na prática não é bem assim que acontece. No PSD já se ouviram críticas duras por alto responsável político local, sobre o facto do candidato do PS não ser de Viseu. O que não corresponde à verdade, visto que, João Azevedo até é natural de Viseu e residente na cidade, desde algum tempo. Ser inclusivo significa aceitar aqueles que vêm de fora. Acolhê-los como gostaríamos de ser acolhidos se fossemos nós os forasteiros. Isso é que contribuir para a construção de uma cidade e concelho inclusivos ou será que apenas não se aceita João Azevedo, porque se trata de um candidato autárquico que pode fazer tremer o status partidário que governa Viseu há 32 anos.
E se fosse um empresário disposto a investir milhões e a criar uns quantos postos de trabalho, também lhe diriam que não era bem-vindo por ser forasteiro?
O PSD também importa candidatos, quando assim tem necessidade, veja-se, por exemplo, o que se passou com Álvaro Amaro quando ganhou a Câmara da Guarda.
No entanto, o PSD recorre a outras práticas menos convencionais para conquistar ou manter o poder autárquico, veja-se, por exemplo, o caso do Sátão e a frequência com que trocam de cadeiras entre si de 4 em 4 anos presidente e vice-presidente. E podíamos continuar a acrescentar exemplos, como aquele em que o poder autárquico transita entre familiares.
O que importa mesmo é o que cada um dos candidatos pode fazer por Viseu. E sobre isso a agenda é vasta!