Viseu e Lamego esquecidos das opções do Governo nos investimentos rodoviários
Nas últimas semanas analisei o documento que apresenta as opções do Governo nos investimentos rodoviários para o Distrito. Assim, verifiquei que o Plano de Investimento 2015/2020 e o Plano de proximidade Médio Prazo das Estradas é um documento penalizador para o Distrito e para o Concelho. Deste modo, é com grande desagrado e preocupação […]
Nas últimas semanas analisei o documento que apresenta as opções do Governo nos investimentos rodoviários para o Distrito. Assim, verifiquei que o Plano de Investimento 2015/2020 e o Plano de proximidade Médio Prazo das Estradas é um documento penalizador para o Distrito e para o Concelho.
Deste modo, é com grande desagrado e preocupação que apurei que o Distrito e o Concelho de Lamego estão arredados das grandes opções.
Está inscrita a ligação do IP3 entre Coimbra e Viseu, o que não constitui novidade, uma vez que era um investimento que já vinha do Governo do PS. Contudo, existem dúvidas e reservas que são apontadas pelo documento, nomeadamente no que se refere ao início, avanço e financiamento da obra.
O valor anual atribuído aos 24 concelhos do distrito é de 5,5 milhões de euros, mais 2 milhões para conservação e manutenção da rede viária. Estes montantes significam muito pouco para quem diz estar preocupado com o interior e quer combater as assimetrias regionais.
A verdade é que o IC26, que garante a ligação entre Lamego, Tarouca, Moimenta da Beira, Sernancelhe e Penedono à A25 e ao IP2, bem como a ligação de S. João da Pesqueira, Tabuaço e Armamar à A24, no nó de Valdigem, são importantes para Lamego e não são minimamente apontados. Deste modo, a situação é de repúdio e de crítica ao Plano.
Apesar das promessas e da retórica do discurso, o interior continua esquecido e ostracizado. O despovoamento é cada vez maior e a identidade do mundo rural, de uma cultura e de um modo de viver, torna-se cada vez mais uma peça de colecção a visitar muito em breve nos museus.