O governo anda não se apercebeu que está à beira de ter que lidar com um motim nacional causado pelos provocatórios aumentos sucessivos de combustíveis.
De norte a sul do país desmesura-se a onda de indignação de quem carece obrigatoriamente de se deslocar no seu dia a dia, afectando particulares e empresas de forma inaceitável.
Desta contínua escalada de preços dos combustíveis sobressai o óbvio, que em breve se irá sentir nas nossas depauperadas carteiras, com o aumento geral de todos os bens de primeira necessidade, da agricultura à pecuária, das pescas ao pão nosso de cada dia.
Não ver isto com nitidez é precipitar a queda abrupta de popularidade do governo e a ira crescente nos cidadãos.
E quando vem um fabiano qualquer, anafado e luzidio, cheio de aprazível fleuma, em representação das petrolíferas falar na televisão da inevitabilidade dos aumentos, como se fosse o destino do mundo traçado pelos nédios e dourados sheiks árabes, a decência e o pejo deveriam mandá-lo ir gozar com quem o sustenta e mantém.
Fonte JN
(Foto DR)